Mitos litúrgicos
Mito 5: “A noção da Missa como Sacrifício é ultrapassada”
Não é.
O Sagrado Magistério da Igreja, por graça do Espírito Santo, é infalível
em matéria de fé e moral (Cat., n.2035). Por isso, a fé católica não muda.
A Santa Missa é a Renovação do Único e Eterno Sacrifício de Nosso
Senhor, oferecido pelas mãos do sacerdote. Diz o Catecismo da Igreja Católica
(n. 1367): “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único
sacrifício.”
O Catecismo anterior, publicado pelo Papa São Pio X em 1905, afirma (n.
652-654): “A santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo,
oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em
memória do sacrifício da Cruz. (…) O Sacrifício da Missa é substancialmente o
mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz,
é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes seus ministros, sobre os nossos
altares, mas quanto ao modo por que é oferecido, o sacrifício da Missa difere
do sacrifício da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial
com ele. (…) Que diferença, pois, e que relação há entre o Sacrifício da Missa
e o da Cruz? Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta
diferença e esta relação: que Jesus Cristo sobre a cruz se ofereceu derramando
o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que sobre os altares Ele se
sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e
Morte.”
Curiosidade: o Papa Bento XVI afirmou, no dia 09 de Outubro de 2006, que
o homem contemporâneo “perdeu o sentido do pecado”. Ora, se não há pecado, qual
a necessidade de um Sacrifício Propiciatório? Creio que isso explica muitas
coisas…
Mito 6: “É mais expressivo no altar a imagem de Jesus Ressuscitado do
que de Jesus crucificado”
Não é.
A Instrução Geral do Missal Romano determina (n.308): “Sobre o altar ou
junto dele coloca-se também uma cruz, com a imagem de Cristo crucificado, que a
assembléia possa ver bem. Convém que, mesmo fora das ações litúrgicas,
permaneça junto do altar uma tal cruz, para recordar aos fiéis a paixão
salvadora do Senhor.”
Essa cruz alude ao Santo Sacrifício de Nosso Senhor, que se renova no
altar. Nosso Senhor está vivo e ressuscitado, mas a Santa Missa renova o
Sacrifício.
Mito 7: “Quem celebra a Missa não é o Padre, e sim toda a comunidade”
A Instrução Redemptions Sacramentum (n. 42), de 2004, discorrendo sobre
o Santo Sacrifício da Missa, afirma: “O Sacrifício Eucarístico não deve,
portanto, ser considerado “concelebração”, no sentido unívoco do sacerdote
juntamente com povo presente. Ao contrário, a Eucaristia celebrada pelos
sacerdotes é um dom que supera radicalmente o poder da assembléia. A
assembléia, que se reúne para a celebração da Eucaristia, necessita
absolutamente de um sacerdote ordenado que a presida, para poder ser
verdadeiramente uma assembléia eucarística. Por outro lado, a comunidade não é
capaz de dotar-se por si só do ministro ordenado.”
Mito 8: “A Igreja pode vir a ordenar mulheres”
Não pode.
O saudoso Papa João Paulo II definiu que a Santa Igreja não tem a
faculdade de ordenar mulheres, quando em 1994, publicou a Carta Apostólica
“Ordinatio Sacerdotalis”, que afirma explicitamente: “Para que seja excluída
qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria
constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os
irmãos (cf. Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade
de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser
considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.”
Fonte: https://presbiteros.org.br/
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