Obedecendo ao chamado de seu coração, essa notável religiosa italiana que viveu no século XIV serviu a Deus de forma extraordinária, inspirando centenas de pagãos a se converterem.
Quando jovem, Catarina teve uma visão de Jesus sentado em glória com São Pedro, Paulo e João ao seu lado, então ela decidiu fazer um voto particular. Então, ela resolveu obedecer ao chamado de seu coração e deu início a uma jornada extraordinária, que levou centenas de pagãos a se converterem ao catolicismo.
A notável Catarina nasceu em Sena, Itália, em 1347, em meio a Peste Negra que dizimou quase 1/3 da população europeia. Na época, sua mãe, Lapa Piacenti, tinha aproximadamente quarenta anos quando deu à luz as gêmeas Catarina (Caterina) e Joana (Giovanna), depois de já ter tido outros 22 filhos, mas metade deles já mortos na época.
Todavia, numa família extremamente humilde, Catarina não teve condições de estudar mas, aos 6 anos teve uma visão, o que revelou dons místicos que lhe levariam a santidade. Em seguida, ela passou a se dedicar a oração, silêncio e obras de mortificação e penitência, com o intuito de mitigar os males do mundo.
Contudo, aos 15 anos, ela decidiu ingressar na Ordem Terceira de São Domingos, ou, dominicana. Ao passo que seguia obstinada em se dedicar à vida religiosa, ela sentia que tinha como grande missão orientar o povo e, como não sabia escrever, passou a ditar cartas para as pessoas. Então, em suas correspondências, ela orientava em relação a atitudes conduzindo para a misericórdia e convocando a todos para o exercício da caridade, para o esforço pelo entendimento e pela paz.
Uma correspondência extraordinária
Dessa forma Santa Catarina de Siena conseguiu algo inacreditável que impactou profundamente a história da Igreja. Por meio de uma carta ditada, ela pediu ao Papa Gregório XI o fim do terrível “grande cisma do Ocidente”, que já durava 70 anos. A profundidade de suas palavras foi tamanha que ela exortou o Sumo Pontífice a deixar o exílio em Avignon, na França. Depois que voltou à Roma, o Papa finalmente devolveu a unidade – e paz – ao povo católico.
A vida de Santa Catarina foi curta, porém intensa. Por fim, com apenas 33 anos ela foi vítima de um derrame, provavelmente uma consequência de sua saúde deteriorada por tanto esforços físicos, mentais e espirituais em favor da Igreja.
Bem como a inesquecível correspondência destinada ao Papa Gregório XI, Catarina deixou uma série de obras de imensurável valor histórico, espiritual, religioso e místico, herança que levou o Papa Paulo VI a proclamá-la como “doutora da Igreja” em 1970.
Um de seus livros mais famosos é “Diálogo da Providência Divina”, que está entra as citações feitas pelo Papa Bento XVI na linda catequese que realizou em 24 de novembro de 2010:
“Por misericórdia Vós lavastes-nos no Sangue e por misericórdia desejastes dialogar com as criaturas. Ó Louco de amor! Não vos foi suficiente encarnar, mas também quisestes morrer! (…) Ó misericórdia! O meu coração ofega-me quando penso em Vós: para onde eu me dirija a pensar, mais não encontro do que misericórdia”.
Oração a Santa Catarina de Sena
“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que por causa de suas extraordinárias virtudes
e pelo que conseguistes para a Igreja
e a Sociedade fostes aclamada e abençoada por todos.
Volte teu bondoso olhar para mim,
que confiante na tua poderosa proteção pede com todo o ardor da afeição
e suplica a ti que obtenha pelas tuas preces
o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).
Com tua imensa caridade recebestes de Deus os mais estupendos milagres
e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós que oramos a ti
e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.
Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade e o seu nome será novamente exaltado e abençoado
e consiga para nós, a graça suplicada com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso
em eterna alegria e felicidade.
Amém.”
Oração retirada do site dominicanas.com.br
Fonte: https://pt.aleteia.org/
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