Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor (Pastoral Familiar) |
VIVAMOS A PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DO SENHOR
Dom Adelar Baruffi
Arcebispo de Cascavel (RS)
Sempre, ao iniciarmos a Semana Santa, se lê um dos trechos do evangelho
de Jesus Cristo, que dá a sua vida na cruz. Quando os cristãos levam os Ramos,
sabemos que logo será Páscoa do Senhor. Aquela semana será diferente. Terá mais
profundidade espiritual. Nela, por exemplo, viveremos a entrega de Jesus, no
seu Tríduo Pascal, Quinta-Feira à noite, Sexta-Feira e Sábado, quando então
concluiremos o Tríduo Pascal. Passado o Sábado, teremos a celebração da alegria
pascal! Muito profunda, também, visto que nenhum cristão batizado pode faltar
numa celebração. As três são importantes igualmente.
Em Jerusalém, Jesus entra jubiloso. Ele sabe o que irá encontrar. Lá irá
realizar o seu Mistério Pascal. Ele entra jubiloso, sobre uma jumenta (Mt
21,2). Os Ramos dão acolhida ao Senhor, o nosso Rei. Os Ramos que trazemos são
boas-vindas ao Senhor, Jesus Cristo. Naquele tempo, gritavam e cantavam:
“Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais
alto dos céus” (Mt 21,9). Ele é acolhido muito bem. E, o próprio Jesus Cristo,
sabia que depois de algum dia, a mesma multidão chamaria a Ele para ser
“crucificado”.
Na oração da coleta, desta missa, do Domingo de Ramos e da Paixão do
Senhor, rezamos ao Pai, “para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes
que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender
o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória.” Aqui está a
nossa glória, o nosso sucesso em nossa vida. Olhar sempre para o alto, onde
está o Filho de Deus. Jesus Cristo tem um grande ensinamento a nos dar: o
aprendizado da humildade.
Na leitura dos Filipenses, São Paulo, nos fala que “Jesus Cristo,
existindo em condição divina, não fez do seu ser igual a Deus uma usurpação,
mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se
igual aos homens” (Fl 2, 6-7). Jesus Cristo se mostrou sempre muito humilde,
simples e misericordioso. Ele ficou calado, durante todo o tempo de sua paixão.
“Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito
impressionado” (Mt 27,14). Ele estava tão unido ao Pai, infinitamente bom, que
viveu tudo o que sabemos pela leitura dos textos bíblicos com profundidade e
silêncio. Sem falar nada. Depois desta vez, somente no final, quando Jesus
Cristo, provavelmente, ficou profundamente sentido, ele gritou “Eli, eli,
lamá sabactâni?, que quer dizer “Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?” (Mt 27,46).
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