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quarta-feira, 10 de maio de 2023

As três resoluções de Santa Teresa na véspera de sua primeira comunhão

fot. Sanctuaire de Lisieux; Wikimedia Commons | domena publiczna
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Por Mathilde de Robien

Aos 11 anos de idade, durante o retiro que antecedeu sua primeira comunhão, a Santa Teresinha fez três belas resoluções, que já demonstravam sua confiança e seu imenso amor por Jesus.

Santa Teresa de Lisieux fez sua Primeira Comunhão aos 11 anos de idade, em 8 de maio de 1884. “Como foi doce o primeiro beijo de Jesus em minha alma”, recordou ela 11 anos depois, ao escrever suas memórias. “Foi um beijo de amor, eu me senti amada” – e também disse:

“Eu te amo, eu me entrego a Ti para sempre”

Não houve exigências, nem lutas, nem sacrifícios, por muito tempo Jesus e a pequena Teresa e se entenderam… Naquele dia, não foi mais um olhar, mas uma fusão, eles não eram mais dois, Teresinha havia desaparecido, como a gota de água que se perde no oceano. E Jesus permaneceu esplendoroso, Ele era o mestre, o rei.

Um ano depois de sua primeira comunhão, ela fez o que era chamado na época de segunda comunhão (o que não excluía a pessoa de comungar nesse meio tempo). Durante os dois retiros que antecederam sua primeira e segunda comunhão, Teresa fez anotações em um pequeno caderno com capa azul com relevo floral. Oito páginas e meia escritas a lápis. Entre as anotações do segundo retiro, que ocorreu de 17 a 21 de maio de 1885 na Abadia Beneditina, pregado pelo Abbé Domin, Thérèse escreveu:

Quarta-feira de manhã

A Santíssima Virgem é nossa mãe e nunca nos abandonará em qualquer estado em que nos encontremos. Seria um insulto a ela se desanimássemos, pois se não a esquecermos, podemos ter certeza de que seremos salvos. O Abade nos fez tomar resoluções. Eu mantive as da minha Primeira Comunhão, que são: 1* Não ficarei desanimada. 2* Rezarei um “Lembrai-vos” à Santíssima Virgem todos os dias. 3* Tentarei humilhar meu orgulho.

A oração à Virgem

Composta por São Bernardo de Claraval no século XII, esta oração à Virgem, cujo nome em latim é Memorare, é um ato de abandono e um grito de súplica à Mãe de Deus. Foi essa oração que salvou São Francisco de Sales durante uma grave crise de angústia; que inspirou São Luís Maria Grignion de Montfort a compor um cântico; e que Santa Teresa recitou por ocasião das devoções marianas em maio. Aqui está:

Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, de que nunca se ouviu dizer que algum dos que recorreram à vossa proteção, imploraram a vossa assistência e clamaram por vosso socorro tenha sido por Vós desamparado.

Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, ó Virgem entre todas singular, como à Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos vossos pés.

Não rejeiteis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia, e de me alcançar o que vos rogo.

Amém.

Não sou mais eu que vivo, é Jesus que vive em mim

Depois de sua primeira comunhão, Teresinha estava ansiosa para receber a Eucaristia novamente, mas a comunhão estava sujeita à permissão do confessor. Para sua grande alegria, o Abade Domin permitiu que ela recebesse a Eucaristia duas semanas depois, em 22 de maio de 1884, Dia da Ascensão. Em sua autobiografia, ela afirma:

O dia seguinte (à sua primeira comunhão, nota do editor) ainda era um belo dia, mas marcado pela melancolia; somente Jesus poderia me satisfazer, eu ansiava pelo momento em que poderia recebê-lo uma segunda vez. Que doce lembrança guardei dessa segunda visita de Jesus! (Dia da Ascensão) Eu repetia para mim mesmo estas palavras de São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Jesus que vive em mim”. Desde essa comunhão, meu desejo de receber o bom Jesus tornou-se cada vez maior… Obtive permissão para fazê-lo em todas as principais festas.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF