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segunda-feira, 1 de maio de 2023

Papa: um futuro de esperança, não de guerra, cheio de berços, não de túmulos

No altar na Praça Kossuth Lajos, Papa diante do ícone de Nossa Senhora  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Antes de rezar o Regina Coeli, o Papa pediu à Rainha da Paz para infundir "nos corações dos homens e dos líderes das nações o desejo de construir a paz, de dar às jovens gerações um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de túmulos; um mundo de irmãos, não de muros."

Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano

“Um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de túmulos; um mundo de irmãos, não de muros.”

Em pé, mas idealmente de joelhos diante do ícone de Nossa Senhora Magna Domina Hungarorum, venerada como protetora e padroeira da Hungria, o Papa eleva uma súplica universal à Mãe de Deus por um continente, o europeu, dilacerado por conflitos, divisões, tensões, perspectivas nefastas para o futuro.

Virgem Santa, olhai para os povos que mais sofrem. Olhai sobretudo para o vizinho povo ucraniano martirizado e para o povo russo, a Vós consagrados. Vós sois a Rainha da paz.

A causa da paz

Francisco reza o Regina Caeli com os 50 mil fiéis reunidos na Praça Kossuth Lajos, em Budapeste, último evento da manhã de domingo antes de seguir para a Nunciatura. Antes da oração mariana, ele se dirige a Nossa Senhora. Ao seu Imaculado Coração, em 25 de março de 2022, consagrou a Rússia e a Ucrânia, implorando o fim do conflito. Agora volta a pedir sua intercessão:

A partir desta grande cidade e deste nobre país, quero colocar no seu Coração a fé e o futuro de todo o Continente Europeu, sobre o qual tenho pensado nestes dias, e de modo particular a causa da paz.

Virgem Santa - é a súplica do Bispo de Roma - "infundi nos corações dos homens e dos líderes das nações o desejo de construir a paz, de dar às jovens gerações um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de túmulos; um mundo de irmãos, não de muros”.

Reunião de diferentes religiões

A fraternidade, portanto, é o caminho que o Papa indica para prevenir as tragédias que tornam o mundo instável. A mesma fraternidade da qual são exemplo as religiões e confissões cristãs da Hungria:

Obrigado pela vossa presença! E obrigado porque, neste país, diferentes Confissões e religiões se encontram e apoiam mutuamente. 

Aqui, acrescenta o Pontífice, citando as palavras do cardeal Peter Erdö, arcebispo de Esztergom-Budapeste, “se vive na fronteira oriental do cristianismo ocidental, há mil anos":

É belo que as fronteiras não representem confins que separam, mas áreas de contato; e que os crentes em Cristo ponham em primeiro lugar a caridade que une e não as diferenças históricas, culturais e religiosas que dividem. Une-nos o Evangelho e é voltando lá, às fontes, que o caminho entre os cristãos continuará segundo a vontade de Jesus, Bom Pastor que nos quer unidos num só rebanho.

Oração pela Igreja europeia

O Papa Francisco reza, portanto, pela Igreja de toda a Europa "para que reencontre a força da oração" e redescubra em Maria "a humildade e a obediência, o ardor do testemunho e a beleza do anúncio".

Daí as saudações à presidente Katalin Novák, ao primeiro ministro Viktor Orbán - ambos sentados nas primeiras filas -, bem como aos bispos e pessoas consagradas e a todo o querido povo húngaro "pela acolhida e afeto que senti nestes dias: "Aproximando-se agora o momento de regressar a Roma, desejo expressar meu reconhecimento...", diz o Papa Francisco, acrescentando:

Exprimo a minha gratidão a quantos vieram de longe e a quem trabalhou tanto e tão bem para esta visita. A todos digo: obrigado; Deus vos recompense.

Gratidão aos húngaros

Uma recordação especial vai para os doentes e idosos, para "quem se sente sozinho e quantos perderam a fé em Deus e a esperança na vida. Estou unido convosco, rezo por vós e vos abençoo."

Por fim, o desejo para que possa “espalhar a alegria de Cristo” e o agradecimento pelos três dias passados ​​na capital húngara: “Levo-vos no coração e peço que rezeis por mim”.

Isten éltessen! [Felicidades] Isten áld meg a magyart! [Deus abençoe os húngaros!]

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF