Por Joseph Pearce
Não é de admirar que todo tipo de gente esteja tentando nos vender felicidade.
Todo mundo quer ser feliz. Faz parte da nossa própria natureza. É como se estivéssemos programados para desejar a felicidade, desejando-a mais do que qualquer outra coisa.
Sendo assim, não é de admirar que todo tipo de gente esteja tentando nos vender felicidade – ou, pelo menos, promessas de felicidade. Se comprarmos o produto xis ou escolhermos o estilo de vida ípsilon, seremos felizes. O problema é que esse desejo de felicidade foi envenenado pela ideia de que podemos encontrar a felicidade fazendo o que queremos, ou aquilo que achamos que queremos.
Isso é mentira. É a primeira e a pior das mentiras.
É, no entanto, e tragicamente, uma mentira em que a maioria de nós acredita até descobrir, da maneira mais difícil, que fomos enganados.
Chegamos a entender, geralmente muito tarde, que existem duas maneiras de descobrir que o caminho do egoísmo não faz feliz o egoísta. A melhor maneira é ouvir a sabedoria das eras, conforme ensinada pela sabedoria dos sábios. A outra maneira é viver egoisticamente, fazendo tudo o que queremos até percebermos que isto só nos destrói.
Como muita gente, ou como a maioria, até, eu fui motivado, quando jovem, pelo orgulho que busca o auto-aperfeiçoamento. Fiz o que quis e quando quis. Isto significava usar e abusar de outras pessoas para satisfazer os meus próprios desejos. Em vez de me sacrificar pelos outros, que é o significado do amor, eu sacrifiquei os outros por mim, que é a ausência de amor. Ao escolher a ausência de amor, descobrimos que não temos amor. E é então que descobrimos que desamor é solidão.
Ao nos tornarmos o deus do nosso próprio e patético microcosmo, percebemos que o deus-de-mim-mesmo é o mais solitário de todos os falsos deuses.
Não, fazer tudo do nosso jeito não nos torna felizes. É mentira.
A felicidade que buscamos não pode ser encontrada, a menos que paremos de fazer tudo o que queremos e comecemos a fazer pelos outros. Isso porque a verdadeira felicidade é inseparável do verdadeiro amor, que é o sacrifício de si pelo próximo.
Fonte: https://pt.aleteia.org/
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