Francisca de Paula de Jesus,
“Mãe dos pobres” e “Santa de Baependi”.
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Nhá Chica
Francisca
de Paula de Jesus nasceu, em 1808, na "Porteira dos Vilellas",
fazenda de Santo Antônio do Rio das Mortes, um pequeno povoado mineiro, a seis
léguas de São João del-Rei, e batizada em 1810.
Junto com
sua mãe, a escrava Izabel, e seu irmão mais velho, Theotônio, Francisca foi
morar em Baependi (MG), na Rua das Cavalhadas, hoje Rua da Conceição. Dentre os
poucos pertences, levaram consigo uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Aos dez
anos, Francisca e seu irmão ficaram órfãos de mãe, da qual receberam uma
valiosa herança espiritual. As duas crianças cresceram sob os cuidados e a
proteção de Nossa Senhora, Chica a chamava, carinhosamente, "Minha
Sinhá", ou seja, "Minha Senhora".
Francisca
era alta, morena e bonita, mas não se casou, preferindo viver uma vida casta,
dedicada ao Senhor e ao próximo. Ainda muito jovem, era requisitada por muitos.
Sua única companhia era o escravo liberto, Félix, que cuidava dos trabalhos e
afazeres da sua Capela. A todos os que lhe pediam conselhos, orações e uma palavra
amiga, atendia diariamente, exceto nas sextas-feiras, dia que dedicava aos
trabalhos domésticos, à penitência e à oração incessante da Paixão e Morte de
Cristo. Para tantas pessoas, ela já era considerada "santa"!
Igrejinha de Nhá Chica
Nhá Chica
era analfabeta, mas desejava muito saber ler as Escrituras Sagradas. Por isso,
alguém sempre lia algumas páginas para ela. Muito devota da Virgem Maria, Nhá
Chica compôs uma Novena a Nossa Senhora da Conceição. Em 1865, mandou
construir, em sua honra, ao lado da sua casa, uma igrejinha, para venerar a
pequena imagem de terra cota, que pertencia à sua mãe. Esta imagem de Maria
encontra-se, ainda hoje, na sala da casinha onde ela viveu, sobre o Altar da
antiga Capela.
Em 1954, a
igreja de Nhá Chica foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do
Senhor. Ao lado da igrejinha nasceu uma obra de Assistência social para
menores, hoje denominado Instituto Nhá Chica. Hoje, a "igrejinha de Nhá
Chica", tornou-se "Santuário Nossa Senhora da Conceição".
“Mãe dos pobres”
Ainda
jovem, Nhá Chica era conhecida como a “mãe dos pobres”: em determinado dia da
semana, convidava os pobres e os moradores da redondeza para rezar à Virgem Mãe
de Deus. A seguir, distribuía comida aos pobres e lhes dava as esmolas que
recebia.
O pároco de
Baependi a definiu assim: "Nhá Chica é uma pobre mulher simples e
analfabeta, mas uma fiel serva de Deus cheia de fé!".
Falecimento de Nhá Chica
Nhá Chica
faleceu no dia 14 de junho de 1895, aos 87 anos de idade e foi sepultada na
mesma Capelinha que ela construiu. Durante seu velório, que durou quatro dias,
os fiéis diziam sentir exalar um misterioso perfume de rosas do seu corpo. Tal
perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, por ocasião da
exumação do seu corpo, - 103 anos após a sua morte, - pelas Autoridades
Eclesiásticas, os membros do Tribunal Eclesiástico da Causa de Beatificação de
Nhá Chica e os fiéis presentes.
Os restos
mortais da Beata Nhá Chica descansam no mesmo Santuário Nossa Senhora da
Conceição, em Baependi, em uma Urna de acrílico, onde são venerados pelos
fiéis.
Francisca de Paula de Jesus foi beatificada em Baependi, no dia 4 de maio de 2013.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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