"Eu ainda estou vivo"
e "Eu sofro pelos migrantes". Essas foram as primeiras palavras ditas
pelo Papa Francisco assim que recebeu alta do hospital Gemelli, em Roma, na
manhã desta sexta-feira. Santo Padre irá rezar o Angelus deste domingo.
Vatican
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Depois de
dez dias, o Papa Francisco recebeu alta nesta manhã de sexta-feira (16/06) do
Hospital Gemelli, em Roma, onde foi internado no último dia 7 de junho para uma
laparotomia e cirurgia plástica da parede abdominal com prótese. Ao sair, em
sua cadeira de rodas, ele foi recebido por uma pequena multidão que o aplaudiu
e o cumprimentou calorosamente. O Santo Padre estava sereno e sorridente.
"Eu
ainda estou vivo" e "sofro pelos migrantes", comentando o
naufrágio dos migrantes no mar Egeu. Essas foram as primeiras palavras
ditas pelo Papa Francisco assim que deixou o hospital Gemelli.
"Obrigado
pelo serviço de vocês, muito obrigado", disse ainda Francisco dirigindo-se
aos jornalistas enquanto com sua cadeira de rodas atravessou as duas alas
de repórteres e pacientes que, na saída do hospital, o aplaudiram.
Visita à Basílica de Santa Maria Maior
A Sala de
Imprensa vaticana informou que o Papa Francisco, após deixar o Hospital
Gemelli, e antes de retornar ao Vaticano, foi à Basílica de Santa Maria
Maior para rezar diante do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, como já
o fez dezenas de vezes durante seu pontificado. Ao chegar de carro em frente à
Basílica romana, ele desceu sozinho e sentou-se em sua cadeira de rodas. Antes
de entrar na Basílica cumprimentou os turistas que estavam em frente à Santa
Maria Maior.
Visita privada
Antes de
retornar ao Vaticano, pouco depois das 10h, (hora de Roma) o Papa Francisco fez
uma breve visita particular às freiras do Instituto Maria Santíssima Bambina,
reunidas para o capítulo geral, e, do lado de fora da entrada Perugino,
cumprimentou a polícia e agradeceu pelo serviço prestado.
A Sala de
Imprensa vaticana informou na manhã desta sexta-feira que o Santo Padre irá
rezar o Angelus deste domingo e as audiências dos próximos dias estão
confirmados, com exceção a audiência geral de quarta-feira, 21 de junho, que
foi cancelada para salvaguardar a recuperação pós-operatória do Santo Padre.
Palavras do cirurgião Alfieri: "O Papa está bem"
Enquanto
isso, no Hospital Gemelli, o professor Alfieri se encontra com os jornalistas
para algumas palavras e não se esquiva das várias perguntas. "O Papa
confirmou todas as viagens", a de Lisboa para a JMJ e também a da Mongólia
no final de agosto. "De fato", enfatiza o especialista, "ele
poderá enfrentá-las melhor do que antes, porque agora não terá mais o
desconforto dos problemas anteriores. Ele será um Papa mais forte".
Alguém
pergunta como ele continuará sua convalescença, e o cirurgião, com um toque de
ironia, responde imediatamente: "mas ele não está convalescendo, ele já
começou a trabalhar!". A referência é às "atividades de
trabalho" que pontuaram, juntamente com a oração e a leitura, os dias de
sua hospitalização. "Pedimos a ele que fizesse uma convalescença, tenho
certeza de que ele nos ouvirá um pouco mais desta vez, porque ele tem
compromissos importantes pela frente e já disse pessoalmente que cumprirá todos
eles, inclusive as viagens", diz Alfieri novamente.
Sala de Imprensa vaticana
O Diretor
da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciara ontem que a equipe
médica informou que o Papa Francisco tinha repousado bem durante a noite.
"O decurso clínico continua regularmente. Os exames hemato químicos estão
normais. Na noite de ontem teve um jantar comunitário, junto com os que o
acompanham desde o dia da hospitalização".
Na manhã de
quinta-feira, continua o comunicado, "em sinal de agradecimento, recebeu
toda a equipe de cirúrgica composta por médicos, enfermeiros, assistentes
sociais e de saúde e auxiliares que coordenaram, realizaram e viabilizaram a
operação cirúrgica do dia 7 de junho."
Foi
acrescentado que sucessivamente o Santo Padre "encontrou Dom Claudio
Giuliodori, assistente eclesiástico geral da Universidade Católica e Pe. Nunzio
Currao, assistente espiritual do pessoal da Policlínica; em seguida, os
representantes do Conselho de Administração da Fundação Policlínica Gemelli,
com o presidente Carlo Fratta Pasini e o Reitor da Universidade Católica, Prof.
Franco Anelli, juntamente com os órgãos e a direção da Policlínica, com o
diretor geral , Prof. Marco Elefantes.
No final,
ele se dirigiu ao setor de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil, onde
são atendidos os pequenos pacientes que expressaram seu afeto ao Papa nos
últimos dias por meio de inúmeras cartas, desenhos e mensagens por uma rápida
recuperação. O Papa Francisco "tocou com a mão" a dor dessas crianças
que carregam o sofrimento da Cruz em seus ombros todos os dias, junto com suas
mães e pais. A cada um deles deu um Rosário e um livro.
Ao saudar os presentes, Sua Santidade agradeceu a todos os funcionários pelo seu profissionalismo e esforço em aliviar o sofrimento do outro, além dos medicamentos, com a ternura e a humanidade."
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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