11
de junho – Santa Paula Frassinetti
Protetora
da Família e da Juventude
Origens
Paola Ângela Maria Frassinetti nasceu no dia 3 de
março de 1809, na cidade italiana de Gênova. Ela viveu numa época de profundas
instabilidades econômicas e políticas em seu país. Com apenas nove anos de
idade ela perdeu sua mãe. Cresceu, então, sob a educação e companhia de seu pai
e dos quatro irmãos. Todos estes vieram a ser ordenados sacerdotes. Assim, a
pequena Paula cresceu num ambiente profundamente cristão.
Dinamismo
cristão desde jovem
Em 1827, quando Paula tinha apenas dezoito anos,
seu irmão mais velho, chamado José, foi nomeado Pároco de uma aldeia chamada
Quinto al Maré. Paula foi, então, fazer uma visita ao irmão. Lá, percebeu a
necessidade e fundou uma escola paroquial para crianças, especialmente meninas,
carentes. Na escola recém fundada, Paula alfabetizava e ensinava costura e
bordado.
Um
exemplo que contagia
A nobre e fecunda ação da jovem Paula em favor das
crianças pobres encantou muitas jovens da aldeia. Assim, não demorou muito para
ela reunir um grupo de moças entusiasmadas e cheias de boa vontade. Essas se
tornaram suas seguidoras e passaram a auxiliá-la nesse belo trabalho
missionário.
Unindo-se
à Comunidade de Santa Dorotéia
Com esse pequeno grupo de moças, Santa Paula teve a
inspiração de fundar uma Comunidade Religiosa, à qual deu o nome de Filhas de
Santa Fé. Mais tarde, o Conde de Passi, um sacerdote que vinha desenvolvendo as
comunidades apostólicas de Santa Dorotéia na Itália, vendo a santidade, a
seriedade e os frutos da Obra de Santa Paula, convidou-a para unir-se à missão
que ele desenvolvia. Santa Paula aceitou o convite vendo nele a vontade de Deus
e assumiu a obra e a denominação de Irmãs de Santa Dorotéia. Depois desse
passo, as religiosas abriram vários colégios novos em Gênova e depois em Roma.
Sempre tendo em vista ministrar a formação integral da pessoa humana às
crianças, na certeza de que este é o caminho para um mundo melhor.
Crise
e perseguições
No ano 1848, a Itália começou a viver um período de
enorme convulsão social. O país passou por revolução e guerra civil. Depois,
foi invadido pelo exército francês e, em seguida, a República Italiana foi
proclamada. Os católicos passaram a ser grandes vítimas de toda essa
instabilidade, pois surgiu uma Lei da Suspensão das Ordens e Congregações
Religiosas. Isso atingiu em cheio as obras de Santa Paula Frassinetti. Seu
instituto teve algumas casas fechadas e foi vítima de infâmias e calúnias.
Santa Paula, porém, enfrentou esses enormes desafios com grande firmeza e fé,
sem esmorecer.
Vitória
da fé e da perseverança
O espírito de fé, de amor, de oração e perseverança
de Santa Paula Frassinetti motivou suas irmãs e levou sua obra a crescer ainda
mais, depois das perseguições. Não muito tempo depois, a força de sua obra
missionária e evangelizadora entre as crianças foi reconhecida e difundida.
Assim, novas casas foram fundadas na Itália. Logo, a força de seu trabalho
expandiu-se para além da Itália e, depois, para além da Europa. Em 1866, sua
obra chegou ao Brasil. Logo depois, chegou a Portugal. Daí em diante, o
Instituto das Irmãs de Santa Dorotéia expandiu-se mais e mais de tal forma que,
hoje, está presente em quase todos os continentes.
Legado
para a humanidade
Santa Paula Frassinetti faleceu
em Roma, no dia 11 de junho de 1882. Tinha 73 anos. Logo após sua morte
começaram os relatos de graças e milagres alcançados por sua intercessão.
Assim, no dia 8 de junho de 1930, ela foi beatificada pelo Papa Pio XI. E, em
11 de junho de 1984, foi canonizada pelo Papa João Paulo II. O texto das
Constituições da Congregação das Imrãs de Santa Dorotéia afirma que Santa Paula
Frassinetti "permanece
viva na Congregação pelo espírito mais fundo que a anima: procurar em tudo a
maior glória de Deus pelo maior serviço aos homens". (Constituições, 1). Ela foi uma mulher vibrante e corajosa,
que percebeu a necessidade à sua volta e colocou-se em ação, fazendo aquilo que
estava ao seu alcance. E Deus abençoou seu amor concreto e sua coragem. Por
isso, ela contagiou outras mulheres através sua fé em um mundo melhor, que pode
e deve acontecer por intermédio da educação.
Corpo
incorrupto
No dia 12 de março de 1903, as
Irmãs foram transportar os restos de Paula Frassinetti, retirando-o do
cemitério e levando-o para a Capela de Sant’Onófrio. Porém, encontraram o corpo
da santa perfeitamente incorrupto e flexível. As autoridades não permitiram a
transladação e mandaram colocá-lo novamente na sepultura. Depois disso, em 12
de fevereiro de 1906, o corpo foi novamente exumado e, novamente, comprovada
sua incorruptibilidade. No dia 24, então, foi transportado solenemente do
cemitério para a Casa Geral. Após um momento de oração, em meio a um grande
silêncio, os caixões foram abertos. As irmãs, ao verem o corpo da Madre,
tiveram uma só exclamação: “Nossa Madre! É mesmo ela!” Tiveram, ali, alguns minutos de contemplação
e uma grande emoção apoderou-se de todos. No dia 5 de janeiro de 1907 seu corpo
foi depositado na capela da Casa Geral das irmãs, em Roma. Até os dias de hoje
o fenômeno dos corpos incorruptos foi observado somente entre santos da Igreja
Católica. Trata-se de uma questão ainda não explicada pela ciência.
Oração
a Santa Paula Frassinetti
“Ó
Santa Paula, que com humildade e ardente fé, te abandonaste toda à vontade de
Deus, sempre segura de sua bondade e das suas promessas, faze pela tua
intercessão que ternamente confiando na misericórdia do Senhor, obtenha do seu
Coração a graça que desejo.
Ó Santa Paula, que durante os dias de prova,
nos sofrimentos do corpo e nas angústias da alma, sempre esperaste com firme
confiança na infinita misericórdia de Deus, faze pela tua intercessão que,
esperando filialmente da generosidade do Senhor o socorro nas minhas misérias,
obtenha do seu coração a graça que desejo.
Ó Santa Paula, que colocaste toda a tua alegria em amar o Senhor e a sua cruz, para saber socorrer com fraterno e materno coração a todas as misérias, faze pela tua intercessão que amando fervorosamente a Deus e o próximo por amor de Deus, obtenha do seu Coração a graça que tanto desejo.”
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