A beleza da Moral Católica
“Viver a Moral católica é ser fiel a Jesus
Cristo e a tudo o que Ele ensina através da sua Igreja”
A moral católica tem como
objetivo levar o cristão à realização da sua vocação suprema que é a santidade.
Ela tem como objetivo dirigir o comportamento do homem para o seu Fim Supremo
que é Deus, que se revelou ao homem de modo especial em Jesus Cristo e sua
Igreja.
A Moral vai além do Direito que
se baseia em leis humanas; mas nem sempre perscruta a consciência. Pode
acontecer de alguém estar agindo de acordo com o Direito, mas não de acordo com
a consciência. Nem tudo que é legal é moral.
A Moral cristã leva em conta que
o pecado enfraqueceu a natureza humana e que ela precisa da graça de Deus para
se libertar de suas tendências desregradas e viver de acordo com a vontade de
Deus.
Portanto, a Moral cristã e a
Religião estão intimamente ligadas, tendo como referência Deus Pai, Filho e
Espírito Santo. Ser cristão é viver em comunhão com
Cristo, vivendo Nele, por Ele e para Ele. É de dentro do coração do cristão que
nasce a vontade de viver a “Lei de Cristo”, a Moral cristã, e isto é obra do
Espírito Santo. Não é um peso, é uma libertação.
O comportamento do cristão é uma
resposta ao amor de Deus. Dizia S. João da Cruz que “amor só se paga com amor”.
“Deus é amor” (1Jo 4, 16) e Ele
“nos amou primeiro” (1Jo 4, 19).
Ninguém deve viver a Lei de
Cristo, por medo, mas por amor ao Senhor que desceu do céu, e imolou-se por
cada um de nós. Nosso amor a Deus não deve ser o amor do escravo que lhe
obedece por medo do castigo, e nem do mercenário que o obedece por amor ao
dinheiro, mas sim o amor do filho que obedece ao pai simplesmente porque é
amado por ele.
São Paulo dizia: “O amor de
Cristo me constrange” (2Cor 5,14).
Ninguém será verdadeiramente
espiritual enquanto não viver a lei de Deus simplesmente por amor a Deus e não
por medo de castigos.
Por outro lado, devemos viver a
lei de Deus porque ela é, de fato, o caminho para a nossa verdadeira
felicidade. Ele nos ama e é Deus; não erra e não pode nos enganar; logo, sua
Lei, é o melhor para nós.
Quem não obedece ao catálogo do
projetista de uma máquina, acaba estragando-a; assim, quem não obedece a Lei de
Deus, acaba destruindo a sua maior obra que é a pessoa humana.
A Lei de Cristo se resume em
“amar a Deus e amar ao próximo como a si mesmo” (cf. Mt 22, 37-40). Mas esse
amor ao próximo não é apenas por uma questão de simpatia ou afinidade com ele,
mas pelo exemplo de Cristo, que “nos amou quando ainda éramos pecadores”, como
disse S. Paulo. Por isso, o cristão odeia o pecado mas sempre ama o pecador. A
Igreja ensina que não se deve impor a verdade sem caridade, mas também não se
deve sacrificar a verdade em nome da caridade.
Deus sempre exigiu do povo
escolhido, consagrado a Iahweh (Dt 7,6; 14,2.21), a observância das Suas Leis,
para que este povo fosse sempre feliz e abençoado.
“Observareis os mandamentos de
Iahweh vosso Deus tais como vo-los prescrevo” (Dt 4,2).
“Iahweh é o único Deus… Observa
os seus estatutos e seus mandamentos que eu hoje te ordeno, para que
tudo corra bem a ti e aos teus filhos depois de ti, para que prolongues
teus dias sobre a terra que Iahweh teu Deus te dará, para todo o sempre” (Dt
14,40).
Deus tem um grande ciúme do seu
povo, e não aceita que este deixe de cumprir suas Leis para adorar os deuses
pagãos.
“Eu, Iahweh teu Deus, sou um
Deus ciumento…” (Dt 5,9).
O Apóstolo São Tiago, lembra-nos
esse ciúme de Deus por cada um de nós, ao dizer que: “Sois amados até ao ciúme
pelo Espírito que habita em vós” (Tg 4,5).
Deus não aceita ser o segundo na
nossa vida, Ele exige ser o primeiro, porque para Ele cada um de nós é o
primeiro.
Esse amor a Deus se manifesta
exatamente na obediência aos mandamentos: “Andareis em todo o caminho que
Iahweh vosso Deus vos ordenou, para que vivais, sendo felizes e prolongando os
vossos dias na terra que ides conquistar” (Dt 5,33).
E as bençãos que Deus promete são abundantes:
“Se de fato obedecerdes aos
mandamentos que hoje vos ordeno, amando a Iahweh vosso Deus e servindo-o com
todo o vosso coração e com toda a vossa alma, darei chuva para a vossa terra no
tempo certo: chuvas de outono e de primavera. Poderás assim recolher teu trigo,
teu vinho novo e teu óleo; darei erva no campo para o teu rebanho, de modo que
poderás comer e ficar saciado” (Dt 11.13-15; Lv 26; Dt 28).
Jesus disse aos Apóstolos: “Se
me amais guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,23).
“Nem todo aquele que diz Senhor,
Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai…”
(Mt 7,21).
O nosso Papa Emérito Bento XVI
já falava do perigo da “ditadura do relativismo”. Na homilia que proferiu na
missa que precedeu o início do Conclave que o elegeu, ele deixou claro as suas
maiores preocupações:
“…que nos tornemos adultos em
nossa fé. Não devemos permanecer crianças na fé, em estado de menoridade. Em
que consiste sermos crianças na fé? Responde São Paulo: ‘Significa sermos
arrastados para lá e para cá por qualquer vento doutrinário. Uma descrição
muito atual!’”.
“Quantos ventos doutrinários
experimentamos nesses últimos decênios, quantas correntes ideológicas, quantos
modos de pensamentos… O pequeno barco do pensamento de muitos cristãos se viu
freqüentemente agitado por essas ondas arremessado de um extremo ao outro: do
marxismo ao liberalismo, e até mesmo a libertinagem; do coletivismo ao
individualismo radical; do agnosticismo ao sincretismo, e muito mais. A cada
dia nascem novas seitas, e as palavras de São Paulo sobre a possibilidade de
que a astúcia nos homens, seja causa de erros são confirmadas”.
“Ter uma fé clara, de acordo com
o Credo da Igreja, muitas vezes foi rotulado como fundamentalista. Enquanto que
o relativismo, ou seja, o deixar-se levar «guiados por qualquer vento de
doutrina», parece ser a única atitude que está na moda. Vai-se construindo
uma ditadura do relativismo que não reconhece nada
como definitivo e que só deixa como última medida o próprio eu e suas vontades.
Nós temos outra medida: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. Ele é a medida do
verdadeiro humanismo. «Adulta» não é uma fé que segue as ondas da moda e da
última novidade; adulta e madura é uma fé profundamente arraigada na amizade
com Cristo”.
O relativismo religioso é aquele
em que cada um faz a “sua” própria doutrina moral, e não mais segue os
Mandamentos dados por Deus. E quem não age segundo esta perversa ótica, é então
menosprezado e chamado de retrógrado, obscurantista, etc.
Mas a Igreja nunca trairá o seu
Senhor. Demos graças a Deus por este novo Pedro que Ele pôs à frente do Seu
Rebanho! Caminhemos com alegria e coragem, pois: “Ubi Petrus, ibi Ecclesia, ubi
Ecclesia ibi Christus” – Onde está Pedro está a Igreja, onde está a Igreja está
Jesus Cristo. (São Basílio Magno)
Viver a Moral católica é ser
fiel a Jesus Cristo e a tudo o que Ele ensina através da sua Igreja.
Prof. Felipe Aquino
Fonte: https://cleofas.com.br/
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