No Evangelho, Jesus retoma a
questão da recompensa. Ele vê a generosidade em favor da missão. Ao mesmo tempo
em que o Senhor é exigente com seus enviados, ele diz que aquele que receber um
missionário, recebe Ele.
Padre Cesar
Augusto, SJ – Vatican News
A liturgia
de hoje propõe à nossa reflexão, uma história muito bonita. O rico, que
sempre é malvisto por causa de suas atitudes, no relato de hoje, tem uma
atitude belíssima, de profunda fé e grande despojamento.
Uma mulher
rica, mas estéril, habitante em uma região onde se adorava um deus pagão,
patrono das pessoas desejosas de ter filhos, não se deixa contaminar com essa
religião. Ao contrário, ela, depois de hospedar inúmeras vezes o Profeta
Eliseu, um grande defensor de Javé, pede a seu marido construir, em sua casa,
um quarto confortável para que o profeta pudesse descansar, quando viesse em
missão.
Esse
pedido, faz com que a ajuda ao profeta fosse algo que envolvesse sua família.
Ela poderia ter pedido uma grande quantia para dar de ajuda ao profeta. Ele
receberia, ficaria grato e iria embora; mas ela não pensa assim. Ela desejou
hospedá-lo em sua casa, além do conforto, quis dar-lhe afeto, o carinho de uma
família.
A mulher,
cujo nome não sabemos, além de permanecer fiel a Deus tem a iniciativa de
participar na ação missionária do profeta. Eliseu, cheio de gratidão, lhe
anuncia que, apesar de ser estéril e de seu marido, bastante idoso, será mãe.
Aquilo que
certamente, mais desejava na vida, ser mãe, e não pedira aos deuses, mas permanecera
fiel a Javé, Ele a presenteia para alegrar seu coração, tão generoso e fiel.
No
Evangelho, Jesus retoma essa questão da recompensa. Ele vê a generosidade em
favor da missão. Ao mesmo tempo em que o Senhor é exigente com seus enviados,
ele diz que aquele que receber um missionário, recebe ele, o Senhor e terá a
recompensa como se a acolhida tivesse sido feita a ele, Jesus. Não nos
esqueçamos do recado que o Senhor nos deu a respeito de um gesto tão simples
que é dar um copo de água ao que tem sede.
Eis aí o
sentido de uma frase muito nossa, que repetimos frequentemente: “Deus lhe
pague!” Não significa que jogamos nas costas de Deus, as nossas dívidas, como
jocosamente falamos, mas que somos conscientes de que aquela pessoa, que nos
socorreu naquela nossa necessidade, só poderá receber, a altura, a retribuição
do bem que nos fez, através do Senhor.
Não façamos o bem pensando na recompensa. Ele deverá ser feito gratuitamente. Mas, ao mesmo tempo, saibamos que o Senhor está atento à generosidade de nosso coração, para nos retribuir com aquilo que é necessário para a plenitude de nossa felicidade. E a plenitude de nossa felicidade é o AMOR, AMAR e SENTIR-SE AMADO.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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