A parábola de Mateus apresentada
hoje pela liturgia, termina com o relato do discernimento feito pelos
pescadores que “recolhem os peixes bons nos cestos e jogam fora os que não
prestam.”
Padre Cesar
Augusto, SJ – Vatican News
Na primeira
leitura extraída do Primeiro Livro dos Reis, fica muito claro a sabedoria de
Salomão não apenas pelo conteúdo de sua oração, mas pelo modo como se dirige a
Deus. No seu modo de falar com o Senhor, fica explícita sua humildade e a
consciência de seu lugar: apesar de rei, diante de Deus ele é servo.
Ele também
demonstra sabedoria ao não se sentir proprietário do povo, mas condutor do
rebanho que pertence a Deus.
Finalmente
ele pede sabedoria para praticar a justiça. Deus não só aceita a oração de
Salomão, mas o abençoa com o dom do discernimento em um coração sábio e
inteligente.
A parábola
de Mateus apresentada hoje pela liturgia, termina com o relato do discernimento
feito pelos pescadores que “recolhem os peixes bons nos cestos e jogam fora os
que não prestam.”
Jesus, ao
falar do Reino dos Céus o comparou a “uma rede lançada ao mar e que apanha todo
tipo de peixe”. Nossa atitude em relação ao Reino, aos seus valores, nos
identificará como bons ou não. Até onde somos capazes de renúncias, mudanças de
vida, despojamento por causa do Reino, por causa de justiça?
A segunda
leitura nos fala de nossa predestinação à felicidade plena.
Deus nos
criou para sermos salvos, para agirmos neste mundo em favor da justiça e da
paz, como cidadãos do Reino que virá, ou melhor, que já está instaurado neste
mundo através da ação dos homens de boa vontade, daqueles que são imagem de
Cristo.
Concluindo, podemos tirar para nossa vida que a sabedoria, o discernimento estão presentes no coração daqueles que se sentem servos diante de Deus e dos irmãos, daqueles que possuem e lutam pelos valores do Reino, daqueles que lutam pela justiça e pela paz. Esses confirmam a predestinação para o Céu, pois são no mundo imagem e semelhança de Cristo.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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