20 de julho
Como acontece com quase todos os Santos do século I, não dispomos de muitas fontes históricas críveis sobre a vida de Santo Apolinário, primeiro Bispo de Ravena. Viveu no tempo do Império Bizantino do Oriente, mas, seu encontro com o apóstolo Pedro parece ter sido decisivo em sua vida. No entanto, algumas fontes datam a existência histórica deste Santo, no máximo por volta dos anos 150-200.
Seguir Jesus até ao fim do mundo
Apolinário
era um jovem de grandes expectativas, que vivia em Antioquia com a sua família
pagã. Certo dia, chegou alguém à sua cidade, que falava, de um modo novo, de
amar uns aos outros, como Deus nos ama: era Pedro; suas palavras eram as mesmas
de Jesus, o Filho de Deus, que ele tinha visto, com seus próprios olhos, morrer
e, depois, ressuscitar para redimir a humanidade, e do qual havia recebido a
missão de edificar a sua Igreja. Por isso, Pietro viajou por todo canto,
chegando à Síria, por volta do ano 44.
Apolinário ficou profundamente tocado pelas suas palavras, a ponto de segui-lo
até Roma. Dali, Pedro o enviou a Classe, perto de Ravena, onde a Marinha romana
tinha uma base, com centenas de marinheiros, provenientes, sobretudo, de terras
orientais. Algumas fontes afirmam também que ele chegou até a evangelizar a
Trácia e Mesia, durante cerca de 3 anos.
Primeiro Bispo de Ravena, para a ira dos pagãos
Apolinário
era astuto, aprendia rapidamente as coisas e, sobretudo, falava bem. Por isso,
conseguiu levar muitos à fé cristã, obtendo a conversão de inteiras famílias.
Por este motivo, Pedro confiou-lhe a edificação da Igreja de Ravena, da qual
foi pastor, ou seja, primeiro Bispo.
Ao chegar à cidade, curou a esposa do tribuno. Mas, logo que as autoridades
descobriram, lhe pediram para oferecer ídolos aos deuses. Apolinário recusou,
dizendo que os ídolos eram feitos de ouro e prata, matérias preciosas que
deviam ser oferecidos aos pobres. Por isso, foi brutalmente espancado. Apesar
deste início difícil, governou aquela Igreja, por cerca de 30 anos, ficando
famoso como "sacerdote" e "confessor", pelos quais ainda
hoje é recordado.
Martírio e difusão do seu culto
Apolinário interpretou,
perfeitamente, a missão pastoral de Bispo, chegando a levar muitas almas à fé.
Assim sendo, claro, ficou na mira dos pagãos. Naquela época, reinava
Vespasiano, no ano 70 d.C.. Os pagãos o intimaram a não fazer pregações, mas
ele não obedeceu. Certo dia, ao voltar de uma visita a um leprosário, foi
espancado, com tanta brutalidade, que quase morreu. Na verdade, morreu sete
dias depois. No lugar do martírio, foi-lhe construída uma basílica – hoje
chamada Santo Apolinário em Classe -, consagrada em 549.
O culto a este Santo difundiu-se rapidamente, para além dos confins da cidade,
chegando até Roma, por intermédio dos Papas Símaco e Honório I, enquanto o rei
dos Francos, Clodoveu, lhe dedicou uma igreja perto de Dijon.
As relíquias do Santo foram trasladadas para a cidade de Ravena, no século IX,
e conservadas em uma igreja, que, desde então, foi chamada Basílica de Santo
Apolinário Novo.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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