Finalmente os jovens do mundo
inteiro chegaram a Lisboa para o grande evento da JMJ 2023. Ontem a missa de
abertura da Jornada Mundial da Juventude no Parque Eduardo VII presidida pelo
Patriarca de Lisboa dom Manuel Clemente. E nesta quarta-feira chega o Papa
Francisco.
Silvonei
José, Lisboa – Vatican News
Na tarde
desta terça-feira a missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude no Parque
Eduardo VII presidida pelo Patriarca de Lisboa dom Manuel Clemente, com a
presença de milhares de jovens. E nesta quarta-feira chega o Papa Francisco.
Quando
faltavam exatamente 250 dias para o início da Jornada
Mundial da Juventude que teve início neste dia 1º de agosto e
se encerra no próximo dia 6 na presença de Francisco, o Santo Padre
compartilhava a alegria do reencontro neste evento mundial em Portugal. Durante
a tradicional audiência geral e falando aos peregrinos de língua portuguesa
recordava que no domingo anterior tinha sido celebrado nas dioceses
o Dia Mundial da Juventude, com o pensamento dirigido para o encontro de jovens
que se realizará - disse - no próximo ano em Lisboa. “A alegria de nos
encontrarmos e a vontade de estar juntos são sinais fundamentais para o mundo
de hoje, dilacerado por confrontos e guerras”, afirmou.
“Desde o
ano de 2021, a Jornada Mundial da Juventude é celebrada nas Igrejas
particulares precisamente na Solenidade de Cristo Rei. O tema desta JMJ, em
Lisboa é 'Maria levantou-se e partiu apressadamente' (Lc 1,39).”
Então
Francisco reforçava que “o segredo para permanecer jovem” está
precisamente nestes dois verbos – levantar e partir. Dirigindo-se aos jovens,
pediu para que “não fiquem parados pensando em si mesmos, desperdiçando a
sua vida em busca de conforto ou da última moda”, mas que “se façam à
estrada, saiam dos seus medos para estender a mão a quem precisa.” “Hoje
precisamos de jovens que sejam verdadeiramente transgressores. Não
conformistas. Que não sejam escravos dos celulares, mas mudem o mundo como
Maria, levando Jesus aos outros, tratando dos outros, construindo comunidades
fraternas com os outros, realizando sonhos de paz”, afirmou o Papa.
Em 22 de
abril de 1984, São João Paulo II instituía a JMJ, entregando a Cruz de Cristo e
pedindo para que os jovens a levem ao mundo, “como sinal do amor do Senhor
Jesus pela humanidade, e anunciem a todos que somente em Cristo morto e
ressuscitado há salvação e redenção”. Desde aquele anúncio foram realizadas 36
JMJs, reunindo milhões de jovens de países diversos, que partiram de seus
países para se encontrarem ao redor do Papa e realizar o grande encontro com
Cristo.
Finalmente
o dia chegou: Lisboa acolhe os jovens de todas as partes do mundo, na espera da
chegada do Papa Francisco que vem confirmá-los na fé. Essa será a 37ª JMJ. Na
mensagem enviada aos jovens para esta jornada, o Santo Padre recorda que,
depois da Anunciação, Maria poderia ter se concentrado em si mesma, nas
preocupações e temores derivados da sua nova condição. Mas, ao contrário,
“‘levanta-se e põe-se em movimento’, porque tem a certeza de que os planos de
Deus são o melhor projeto possível para a sua vida. Maria torna-se templo de
Deus, imagem da Igreja a caminho, a Igreja que sai e se coloca a serviço, a
Igreja portadora da Boa-Nova”.
Esse,
portanto, é o propósito das JMJs: o encontro pessoal dos jovens com Jesus
Cristo e com os irmãos, que os impele para ir e anunciar o Evangelho a todos os
povos. E não foram poucas as ocasiões em que os papas reforçaram o sentido
evangelizador das jornadas mundiais da juventude.
Já na
primeira edição internacional, realizada em 1987, em Buenos Aires, na
Argentina, São João Paulo II exortou: “Jovens, Cristo, a Igreja, o mundo espera
o testemunho de suas vidas, baseado na verdade que Cristo nos revelou!”. Em
2011, o Papa Bento XVI, em sua última JMJ antes de renunciar ao pontificado,
convidou os jovens reunidos em Madri, na Espanha, a permanecerem firmes na fé.
“Permanecer no Seu amor significa viver radicados na fé, porque esta não é a
simples aceitação de uma verdade abstrata, mas uma relação íntima com Cristo,
que nos leva a abrir o nosso coração a este mistério de amor e a viver como
pessoas que se sabem amadas por Deus”, afirmou. Em 2013, ao concluir sua
primeira JMJ, no Rio de Janeiro, o Papa Francisco exortou os jovens: “Ide, sem
medo, para servir!” Diante de 3,7 milhões de pessoas na praia de Copacabana, o
Bispo de Roma acrescentou: “Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar
os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!”.
Como o
próprio Papa Francisco expressou em sua mensagem, após o distanciamento causado
pela pandemia, a JMJ deste ano em Lisboa será a ocasião de experimentar
novamente a alegria do encontro com Deus e com os irmãos e, “como Maria,
levemos Jesus dentro de nós, para comunicá-lo a todos”.
De Lisboa para a Rádio Vaticano, Silvonei José
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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