Neste 15 de agosto, de
Solenidade da Assunção da Virgem Maria que, no Brasil, será celebrada no
domingo (20), Francisco refletiu sobre "o serviço e o louvor",
inspirando-se em Nossa Senhora quando visitou a prima Isabel: "que nossa
Mãe, Assunta ao Céu, nos ajude a subir cada dia mais alto por meio do serviço e
do louvor", disse o Papa na alocução que precedeu a oração mariana do
Angelus.
Andressa
Collet - Vatican News
“Hoje, Solenidade da Assunção da
Virgem Maria, contemplamos sua ascensão em corpo e alma à glória do Céu.”
Neste 15 de
agosto, como bem indicou o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração
mariana do Angelus, a Igreja celebra o mistério da Assunção ao Céu da Mãe de
Jesus, festa litúrgica que no Brasil será celebrada no próximo domingo, 20 de
agosto. O fato dela ter sido elevada ao céu é motivo de júbilo, alegria e
esperança para nós.
O caminho compartilhado por Jesus e Maria
E o
Evangelho do dia (Lc 1:39), como comentou o Pontífice, nos motiva a refletir
sobre a grandeza do "alegre cântico do Magnificat", proclamado quando
Nossa Senhora se colocou como servidora para ajudar sua prima Isabel após
"subir" por uma região montanhosa. Um caminho de "serviço ao
próximo e louvor a Deus" de Maria, que o evangelista Lucas também narra
sobre a vida de Cristo em direção a Jerusalém, "lugar da doação de si
mesmo na cruz":
“Jesus e Maria, em suma,
percorrem a mesma estrada: duas vidas que sobem em direção do alto,
glorificando a Deus e servindo aos irmãos; Jesus como Redentor, o homem
que dá a vida por nós, para a nossa justificação; Maria como a serva que sai
para servir: duas vidas que vencem a morte e ressuscitam; duas vidas cujos
segredos são o serviço e o louvor.”
O serviço ao próximo e o louvor a Deus
O Papa
Francisco, então, procurou se deter nesses dois aspectos: do serviço e do
louvor. O primeiro o Pontífice descreveu como sendo "o amor que eleva a
vida", já que quando nos abaixamos para servir alguém é que acabamos nos
elevando. Uma tarefa que "não é fácil" e não o foi nem mesmo para
Nossa Senhora, bem lembrou o Papa, porque mesmo grávida chegou a viajar quase
150 Km de Nazaré até a casa de Isabel.
"Ajudar
custa, a todos nós! Ajudar custa! Experimentamos sempre isso, na fadiga, na
paciência e nas preocupações que o cuidado com os outros acarreta. Pensemos,
por exemplo, nos quilômetros que muitas pessoas percorrem todos os dias para ir
e voltar do trabalho e realizar tarefas em prol do próximo; pensemos nos
sacrifícios de tempo e sono para cuidar de um recém-nascido ou de uma pessoa
idosa; e no compromisso de servir àqueles que não têm como retribuir, na Igreja
como no voluntariado. Eu admiro o voluntariado. É fadigoso, mas é subir em
direção do alto, é ganhar o céu! Isso é serviço de verdade."
"Mas o
serviço corre o risco de ser estéril sem o louvor a Deus", afirmou
Francisco. Basta observar a atitude de Maria que, mesmo cansada da viagem,
louvou ao Senhor com o "cântico de júbilo" proclamando o
Magnificat (cf. Lc 1,46-55). Louvor também expresso do ventre de Isabel,
recordou o Papa:
"O
louvor aumenta a alegria. O louvor é como uma escada: eleva os corações. O
louvor eleva o espírito e supera a tentação de se abater. Vocês já viram
que as pessoas chatas, aquelas que vivem de fofoca, são incapazes de louvar?
Perguntem a si mesmos: eu sou capaz de louvar? Como é bom louvar a Deus
todos os dias, e também os outros! Como é bom viver de gratidão e de bênção em
vez de lamentações e queixas, levantar o olhar em direção do alto ao invés de
ficar de mau humor! As lamentações: tem gente que se lamenta todos os dias. Mas
olha que Deus está perto de você, veja que Ele o criou, veja as coisas que Ele
lhe deu. Louve, louve! E isso é saúde espiritual."
Assim o
Papa nos orientou a discernir sobre o melhor caminho a ser tomado, a exemplo de
Maria que se colocou como servidora e, amando a Deus, sabia como louvá-Lo,
reconhecendo e proclamando a Sua grandeza. Conseguimos nos inspirar diariamente
na Mãe de Jesus?
“Vamos nos perguntar: eu vivo meu trabalho e as ocupações diárias com espírito de serviço ou com egoísmo? Dedico-me a alguém gratuitamente, sem buscar benefícios imediatos? Em suma, faço do serviço o 'trampolim' da minha vida? E pensando no louvor: sei, como Maria, exultar em Deus (cf. Lc 1:47)? Rezo abençoando o Senhor? E, depois de louvá-lo, espalho a sua alegria entre as pessoas que encontro? Cada um procure responder a esses questionamentos. Que nossa Mãe, Assunta ao Céu, nos ajude a subir cada dia mais alto por meio do serviço e do louvor.”
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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