13 de agosto
São João Berchmans, jesuíta
“Faça bem o
que deve fazer e, ao máximo, as mínimas coisas”!
João,
primogênito de cinco filhos, nasceu em uma humilde família de curtidores de
couro flamengo. Com apenas 10 anos, sua mãe ficou gravemente doente: primeiro,
foi confiada aos cuidados dos tios e, depois, internada em um asilo.
No entanto, João tinha ideias claras: queria ser sacerdote. Começou a estudar
latim na escola Diest, mas o dinheiro era pouco e teve deixar para aprender uma
profissão. Na verdade, o autor desta escolha foi seu pai, que não queria que
seguisse a sua vocação. Todavia, em contato direto com um filho Santo, seu pai
mudou de ideia e aceitou que se tornasse sacerdote, logo após a morte da sua
esposa, em 1616.
Aqui, a Providência divina entrou em ação: o rapaz começou a prestar serviço na
casa do Cônego Froymont, em Malines, onde, como tutor, assistia às jovens
crianças da nobreza, ganhando o suficiente para continuar seus estudos.
Nas pegadas de São Luís Gonzaga
Em 1615, os
Jesuítas inauguraram um Colégio em Malines, precisamente no período de
indecisão de João de como viver a sua vocação. Por curiosidade, começou a ler a
biografia de São Luís Gonzaga, falecido poucos anos antes, conseguindo entender
que o Senhor queria: abraçar o carisma da Companhia de Jesus, onde foi um aluno
excepcional, observava à perfeição as regras que lhe foram impostas, que eram
diferentes segundo as várias Comunidades. Tanto que, após apenas um ano, foi
nomeado prefeito dos Noviços, que eram mais de cem.
Após emitir os votos Perpétuos, em 1618, o jovem João foi enviado a Roma para
continuar seus estudos. Ali, adoeceu gravemente vindo a falecer, em 1621, com
apenas 22 anos de idade. Foi sepultado na igreja da Companhia de Santo Inácio
de Loyola, mas uma relíquia do seu coração foi levada para Louvain, na igreja
Jesuíta de Saint-Michel.
Frei hílare: a espiritualidade de João
Partindo do apelido que
João havia recebido na sua breve vida comunitária - Frei hílare - podemos dizer
que era o Santo do sorriso, que indicava um caminho rumo à santidade, mediante
a sua alegria na vida de cada dia.
Seu realismo espiritual saudável e sincero provinha, certamente, das suas
origens pobres e da escola ascética belga, que depois, porém, se abriu
completamente aos ensinamentos inacianos. João era um exemplo de como viver
alegremente no Senhor; ele teve experiências místicas e foi tocado pela graça,
mas, o que mais o caracterizava era a sua profunda compaixão com o próximo e
sua ardente devoção à Eucaristia e à Virgem Maria.
São João Berchmans foi canonizado pelo Papa Leão XIII, em 1888. Ele foi
proclamado Padroeiro da juventude estudantil junto com Santo Estanislau Kotska
e São Luís Gonzaga.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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