Joana nasceu no ano de 1572 em Dijon, na França.
Ficou órfã de mãe muito cedo. Seu pai era presidente de uma
seção política em Borgonha, e por intrigas sofreu muitas humilhações e pobreza, mas
teve sempre um caráter exemplar, orientando a família na verdadeira Fé. Assim,
com cinco anos, Joana respondeu a um calvinista que questionava seu pai a
respeito da Transubstanciação: “O Senhor Jesus Cristo está
presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não
aceitar o que Ele falou, fazeis Dele um mentiroso”.
Aos 20 anos Joana se casou com o barão de Chantal,
indo morar no castelo de Bourbillye. O casal teve quatro
filhos, educados pelo seu santo exemplo. Ela era caridosa e humilde com todos,
esposo, filhos e empregados. Instituiu a Missa diária para que
todos estes participassem, e cuidou pessoalmente da
educação religiosa dos seus servidores, bem como das suas necessidades
materiais.
Um acidente de caça a deixou viúva aos 28 anos.
Perdoando os responsáveis, dedicou-se à educação dos filhos, entre orações e
trabalho. Por essa época conheceu o bispo de Genebra,
futuro São Francisco de Sales, que se tornou seu diretor espiritual e a
orientou para uma vida religiosa. Depois de nove anos de viuvez,
tendo já as filhas bem casadas e o seu filho de 15 anos, herdeiro do baronato, sob a tutela do avô em Dijon, retirou-se para um convento.
No ano seguinte, 1610, fundou com São Francisco de
Sales a Congregação da Visitação de Santa Maria (Irmãs da
Visitação de Nossa Senhora, conhecidas também como “Salesianas” e
“Visitandinas”), com o carisma do cuidado aos doentes. Foi sua
primeira Superiora, acrescentando ao próprio o nome de Francisca. A partir de
então devotou-se exclusivamente a esta obra. A primeira casa foi em Anecy;
ela fundou mais 75, com o auxílio da sua fortuna.
Após um período de grande sofrimento por causa de
uma febre, Joana faleceu em Moulins, aos 13 de dezembro de 1641. Neste ano já havia 90 casas da Ordem na França, e atualmente a
obra está presente no mundo todo. Santa Joana Francisca de
Chantal é venerada como modelo de perfeição em todos os estados de vida
feminina – solteira, casada, mãe, viúva e religiosa.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Aceitar com perfeição qualquer
coisa que Deus permitir na nossa vida, sem revoltas ou reclamações, não é algo
fácil, e muitos não lidam bem sequer com as mudanças naturais da vida, como da
juventude à maturidade e desta à velhice. É grande, portanto, o valor e o
exemplo de Santa Joana, que em cada diferente estado de vida primou pela
santidade. De fato, mesmo na infância deu corajoso e contundente testemunho de
Fé sobre a Transubstanciação para um herege. Transubstanciação essa que, por
comprovação pessoal e direta, constatou-se como totalmente desconhecida por uma
criança, de família católica, há dois dias de receber a Primeira Comunhão… isto
depois de dois anos de, digamos, “catequese”, numa paróquia com presença normal
de padres e pastorais diversas. É criminoso, diante de Deus, fechar os olhos à
decadência e desvios dentro da Igreja atual. Urge que os religiosos e as
famílias católicas, conscientes, rezem e trabalhem na prática para uma sã
renovação espiritual, pois o Corpo Místico de Cristo está seriamente doente,
com vários membros em processo de gangrena. Não surpreenderá que,
eventualmente, tenham que ser amputados. Oração, penitência, firmeza e não
tibieza, amor a Deus e não respeitos humanos, coragem e não omissão, formação
séria e não comodismo, assumir a evangelização e não delegá-la a quem não tem
condições de fazê-la, estas as necessidades atuais da Igreja, pela qual e da
qual Santa Joana recebeu, e proveu inclusive aos seus empregados, o apostolado
da palavra e do exemplo.
Oração:
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