São João Maria Vianney foi santo, taumaturgo,
grande pregador e verdadeiro pastor de seu rebanho. No entanto, seu perfil
moral jamais estaria completo se ignorássemos outros predicados que
especialmente brilharam ao longo de sua vida: perseguido, difamado e caluniado.
E por quê? Íntegro, buscou o bem das almas.
Redação (02/08/2020 15:18, Gaudium
Press) Nascido em 8 de maio de 1786, na pequena
aldeia francesa de Dardilly, João Batista Maria Vianney foi, sem dúvida, um
grande santo, e, por isso mesmo, motivo de grande ódio por parte do demônio.[1]
Desde pequeno, o jovem João dava mostras de uma
profunda piedade, preferindo uma imagem de Nossa Senhora a qualquer brinquedo.
Ao passar pelo celeiro, era comum vê-lo rezando neste local, quando possuía
apenas quatro anos.
Após seus penosos estudos, pois não lhe era fácil
tal encargo, João Batista foi ordenado e enviado como coadjutor na paróquia de
Belley. Mas com a morte do pároco deste local, sua missão é encetada no pequeno
e, quiçá, menos importante vilarejo francês: Ars.
Afetados profundamente pela recente Revolução,
esses paroquianos de Ars já haviam sido pervertidos gravemente em seus costumes
e, privados por longo tempo da formação religiosa, abandonaram a fé. Pois é
justamente contra essa depravação moral que São João teria de combater.
Sermões, confissões, milagres, exorcismos e,
sobretudo, uma integridade moral ilibada, tudo isso atraía multidões para aquela
pequena cidadezinha francesa. Contudo, se muitos o veneravam, não poucos o
odiavam…
O demônio passou a atormentá-lo à noite com
espécies de aparições diabólicas. Porém, como isso não obtivesse resultado —
pois só servia para aumento do mérito do santo — as forças infernais empregaram
outro método.
Párocos de aldeias vizinhas começaram a ter tanta
inveja da grande fama que ele possuía que negavam a seus fiéis a absolvição,
caso estes fossem estar com o Cura d’Ars. E, colocando-se em acordo, enviaram
ao bispo denúncias feitas a João, tais como: “Não tem conhecimentos teológicos
suficientes para entrar em um confessionário”; as “pessoas não se convertem em
contato com ele”; e outras difamações.
Entretanto, Dom Alexandre-Raymond Devie, Bispo de
Belley naquela época, estava convicto da virtude de São João Maria Vianney, e,
apenas para confirmar o que já lhe era conhecido, mandou alguns de seus
auxiliares a Ars. Os comissários “voltaram tontos de admiração”[2],
dizendo: “Meus senhores, é um santo, um santo que devemos admirar e tomar como
modelo.”[3]
Com efeito, face à integridade de São João Maria
Vianney a mentira de alguns, por mais que se multiplicassem as difamações e
calúnias contra ele, nada pôde diante dessa verdade ilibada e cristalina
Certamente a Providência continuará a enviar
modelos a serem seguidos pelos verdadeiros cristãos, mister nestes tempos
incertos e calamitosos em que vivemos, como excelentemente o foi em seu século
Cura d’Ars, um exemplo e padroeiro dos sacerdotes.
Por Thiago Cunha
[1] Os dados narrados a seguir foram extraídos
das obras: GHÉON, Henri. O Cura d’Ars. 2 ed. São Paulo: Quadrante,
1998; MONNIN, Alfred. Le Curé d’Ars. Vie de M. Jean-Baptiste-Maria
Vianney. Paris: Charles Douniol, 1861, t. II. s.d.
[2] GHÉON, Henri. O Cura d’Ars. 2 ed.
São Paulo: Quadrante, 1998, p. 109.
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