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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Senhor, que a força da tua palavra faça renascer a minha fé!

Artigo semanal (caravaggio)

SENHOR, QUE A FORÇA DA TUA PALAVRA FAÇA RENASCER A MINHA FÉ!

Dom José Gislon
Bispo Diocesano de Caxias do Sul

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Na “Palavra” Deus se revela, e ela é uma semente que tem a força para germinar sob o terreno árido, pedregoso e sombrio da história e da existência humana.

Podemos ser cristãos por tradição, sem ter a paixão no coração para conhecer e se comprometer com Jesus, Mestre e Senhor da nossa vida. O comprometer-se vai muito além da tradição, requer convicção na fé que professamos. E isto faz a diferença no nosso modo de viver e testemunhar a fé, nos passos da nossa vida. Quando assumimos o compromisso de anunciá-lo ao mundo, então nos tornamos discípulos e missionários do Senhor Jesus. Aceitamos, em nome da fé que professamos, a missão de “Anunciar o Evangelho e doar a própria vida”, como nos fala São Paulo na primeira carta aos Tessalonicenses (1Ts 2,7-8).

O discípulo e missionário do Senhor não ensina apenas o que sabe sobre o Mestre, mas alimenta-se de uma profunda comunhão com Ele. Deve aprender a colocar-se à escuta do Mestre, muitas vezes no silêncio, para deixar que ele lhe fale ao coração. Precisamos ter presente que no coração da revelação divina existe “uma constante união entre Palavra divina e palavra humana, entre Verbo e carne, entre eternidade e tempo, entre infinito e espaço humano, entre Deus e o homem”.

O projeto de amor de Deus revelado na Sagrada Escritura não foi pensado para ser vivido por anjos nos céus, mas por homens e mulheres, seres humanos com todas as suas forças e fragilidades, que caminham no tempo e constroem uma história feita de amor, comunhão e misericórdia entre Deus e a humanidade.

Num mundo onde vivemos correndo atrás de compromissos, parece não soar bem a atitude de parar para se colocar à escuta do Senhor, que nos fala através da sua Palavra. São Francisco de Assis dizia aos seus companheiros que devemos aprender com as pedras o valor do silêncio. É importante o silêncio da boca, para aprender a valorizar o silêncio do coração, que guarda a Palavra, para aprender a falar depois, com a Palavra de Deus.

Quando uma pessoa aprende a escutar de forma assídua e pessoal a Palavra de Deus, se torna capaz de escutar a si mesmo, a realidade, a história e o outro. Quando aprendermos a escutar a realidade e a história, poderemos através delas reconhecer os sinais da presença de Deus, e a discernir a sua vontade para com cada um de nós.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF