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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Você também se sente exausto(a) após um dia de folga?

TohaHorbenko | zuperia | Altered by Aleteia

Por Michael Rennier

Será que você sabe, realmente, descansar?

Tentar relaxar é um trabalho árduo. É por isso que somos todos tão ruins nisso. Parece que existem apenas dois tipos de pessoas quando falamos em fim de semana ou dia de folga.

Primeiro estão os guerreiros do fim de semana, que carregam uma agenda lotada de atividades e tarefas. Esse é o tipo de pessoa que tem seu filho inscrito em “todos os esportes” e passa o sábado e o domingo perseguindo o time de local em local, parando apenas para correr no drive-thru da lanchonete mais próxima. Esse é o tipo de pessoa que tenta reformar toda a cozinha em um único fim de semana ou decide correr uma maratona no sábado e no domingo. Ou talvez aproveitem o fim de semana para uma viagem noturna com roteiro completo, na tentativa de trazer o máximo de experiências e distrações possíveis.

No outro extremo do espectro está o tipo de pessoa que tem uma mentalidade extremamente relaxada e tranquila. Eles acordam tarde, ficam o dia inteiro de pijama assistindo TV ou jogando videogame. Eles se recusam a encontrar amigos ou visitar familiares, preferindo, no máximo, enviar mensagens de texto de vez em quando para sentir que estão mantendo uma vida social autêntica. 

Cansado o tempo todo

O primeiro tipo de pessoa pode fazer a piada: “Preciso tirar férias das minhas férias”. O outro tipo provavelmente nunca foi a lugar nenhum. O ponto em comum, porém, é que nenhuma das abordagens conduz ao verdadeiro lazer. É por isso que, muitas vezes, nos sentimos cansados ​​depois de um dia de folga no trabalho, mesmo que não façamos nada. Não aproveitamos o tempo para criar o verdadeiro lazer. Nunca descansamos. O relaxamento agradável e energizante parece estranhamente inacessível. Sabemos que o queremos, pensamos que sabemos como alcançá-lo, mas falhamos repetidamente. Assim, ficamos cansados. O tempo todo.

Fomos criados por Deus, lembre-se, para o sétimo dia. Isso significa que os outros dias da semana, embora produtivos e valiosos à sua maneira, não são o auge do florescimento humano. A questão no nosso mundo moderno e capitalista é que somos tão movidos pela economia e pela produtividade que perdemos lentamente o nosso tempo de lazer. Nós não valorizamos isso. Às vezes, nossos empregadores tornam isso impossível. Em outros casos, nós o entregamos voluntariamente.

Descanso vs. hiperatividade

Depois de trabalhar tanto durante toda a semana, tudo o que podemos fazer no fim de semana é cair no sofá e vegetar, preocupados que, se gastarmos alguma energia, não conseguiremos sobreviver à próxima semana de trabalho. Outros têm a estratégia oposta e tentam encaixar o máximo de atividade possível no fim de semana porque não conseguimos nos desligar do modo de trabalho. Isso transforma o tempo livre em um tipo de trabalho próprio, como se quanto mais produtivo fosse o fim de semana, melhor seria. Ambas as abordagens nos deixam exaustos.

A relação do lazer com o trabalho deveria ser inversa. Trabalhamos – de preferência, um trabalho bom, honesto e satisfatório à sua maneira – para nos prepararmos para o lazer. O lazer é a razão pela qual fomos criados. É a nossa felicidade.

Praticando o verdadeiro lazer

O verdadeiro lazer exige prática e esforço. O primeiro e pequeno passo é começar a valorizar atividades aparentemente ociosas, modestas e no ritmo humano – jardinagem, ler um livro, fazer café, observar pássaros, longas caminhadas sinuosas e assim por diante – essas atividades são muito diferentes de ficar sentado na frente de uma televisão.  TV e os eletrônicos não distraem; deixam-nos sozinhos com nossos pensamentos. 

Redes sociais, televisão, tarefas desnecessárias: tudo isso continua a nos afastar de nós mesmos. É por isso que perder tempo com distrações constantes, sejam elas de baixa ou alta energia, não é repousante.

Visite sua avó, tome chá com os amigos, veja seus filhos jogarem futebol (só uma ou duas partidas, depois pegue uma casquinha de sorvete passe um tempo no parquinho), vá correr no mato, toque um instrumento, tenha um hobby e, o mais importante, vá à missa.

Não exagere. Lazer não é trabalho. Mas é um esforço. A diferença é que, quando nos esforçamos no lazer, ele nos recompensa com energia extra.

As recompensas do lazer

A principal e melhor recompensa do lazer é a felicidade que ele traz. A segunda recompensa também é importante: o lazer é a base da cultura. É nos momentos de lazer que criamos e construímos, lemos livros e ouvimos música, relaxamos na natureza ou empreendemos esforços para melhorar as nossas vidas. A motivação pura e simples é que essas são coisas que amamos fazer. 

Estamos aqui para criar beleza e viver vidas lindas, para celebrar essas vidas lindas com a família e amigos e, em última análise, fazer dessas vidas um presente precioso e adequado a Deus, o criador do sábado e fonte de toda felicidade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF