Setor Vida e Família da Arquidiocese de Brasília promove Caminhada pela
Vida no Dia do Nascituro
A tarde deste domingo (08/10), data em que é celebrado o Dia do
Nascituro, ou seja, aquele que há de nascer, foi repleta da graça de Deus com
uma caminhada em prol da vida e contra a legalização do aborto, que reuniu mais
de duas mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.
A concentração começou na
Catedral Metropolitana de Brasília. Membros de pastorais, movimentos,
instituições religiosas, ongs, leigos consagrados, políticos que fazem parte da
bancada pró-vida e muitas famílias participaram da Caminhada pela Vida, organizada
pelo Setor Vida e Família da Arquidiocese de Brasília. Unidos em oração, todos
caminharam pelo quadrilátero da Esplanada dos Ministérios e retornaram para a
Catedral.
“É uma data muito especial para
nós, pois precisamos ajudar a sociedade a lembrar desse princípio natural de
conservação da vida e de respeito ao ser humano, que tem os seus direitos desde
o momento de sua concepção por já ser uma pessoa. Então, neste momento delicado
em que estamos vivendo, vemos que se coloca em risco a vida humana nascente
diante dessas tentativas de legalização do aborto. Embora haja altos e baixos,
em que parece que o projeto de lei da ADPF 442 esteja retrocedendo, nós
precisamos manter uma firmeza para conseguirmos com estabilidade ter no nosso
Brasil o Estatuto do Nascituro, para que ele proteja sempre essas crianças.
Nesta manifestação massiva com a força do povo, que manifesta a sua convicção
de que não é um mero aglomerado de células, mas uma pessoa, nós reconhecemos a
dignidade dessa pessoa que precisa ser protegida”, destacou padre João Baptista
Mezzalira, Assessor Eclesiástico do Setor Vida e Família da Arquidiocese de
Brasília.
O evento é um repúdio à Arguição
de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que propõe a
descriminalização do aborto até a 12ª semana gestacional e que deverá voltar à
pauta do Supremo Tribunal Federal (STF).
“É muito importante nos
mobilizarmos em relação à defesa da vida, pois infelizmente há movimentos que
estão acontecendo no nosso país, como a ADPF 442, que está no Supremo Tribunal
Federal. Então, precisamos nos mobilizar para não perdermos essa luta em defesa
da vida”, comentou o Deputado Distrital João Cardoso, Presidente da Frente
Parlamentar Católica na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Há mais de 21 anos, a Santos
Inocentes desenvolve um trabalho de acolhimento às mulheres que estão passando
por alguma dificuldade durante a gestação e que, por diversas situações,
pensaram na possibilidade do aborto. A instituição, além de acolher, ouvir e
ajudar as mães, também oferece todo o suporte aos bebês e crianças que foram
vítimas de abandono familiar ou que se encontram em alguma situação de
vulnerabilidade social. O trabalho é realizado em Samambaia, abrangendo
Brasília e as cidades do entorno.
“Hoje, a Santos Inocentes tem
uma rede de proteção que faz um dos trabalhos mais completos na defesa da vida
na questão do aborto, na questão da violência contra a mulher, contra as
crianças e abrangendo toda a primeira infância. Nós temos o primeiro centro de
referência em defesa da vida do país, casa de acolhimento e creche para receber
as crianças provenientes de tentativas de aborto e de vulnerabilidade social. É
um trabalho concreto e reconhecido nacionalmente. Estamos juntos com a
Arquidiocese em defesa da vida, pois a Arquidiocese respalda muito o trabalho
que realizamos”, explicou Ari França, missionário gestor da Associação Santos
Inocentes
Neste domingo, cerca de cem
cidades, de todas as regiões do Brasil, realizaram Caminhadas ou Atos Públicos
em defesa da vida, não somente para celebrar o Dia Nacional do Nascituro, mas
principalmente como uma resposta direta à votação em curso no STF, que visa
descriminalizar o aborto no Brasil.
“Nós sabemos que a população
brasileira é majoritariamente contra o aborto, mas quem defende a legalização
do aborto, no geral, é mais barulhento. Então, nós precisamos aprender a
manifestar também o nosso posicionamento de várias formas e principalmente com
essas manifestações públicas, exatamente para que a população possa mostrar que
é contra o aborto e a favor da vida”, frisou Lenise Garcia, presidente do
Movimento Brasil sem Aborto.
Fabíola Medeiros Veiga, membro
da Paróquia Cristo Rei, mãe de seis filhos, explica a importância de ser aberta
à vida e de estar com os filhos em caminhadas pela vida, dizendo em alto e bom
som que a população brasileira quer uma nação de cultura de vida e não de
morte.
“Eu digo sim à vida, porque as
crianças nos edificam enquanto pais e seres humanos, mas também são os
alicerces da sociedade como um todo. As crianças são o futuro do mundo. Elas
precisam ter esse entendimento de valorização da vida, para que possam honrar a
vontade de Deus em suas vidas e na construção futura de suas famílias, em uma
sociedade mais justa e harmoniosa”, salientou.
A luta em defesa da vida
continua e conta com o apoio dos fiéis para que permaneçam em oração
intercedendo pela não legalização do aborto no Brasil.
“É bonito vermos tantas famílias
e vários segmentos pastorais reunidos aqui na nossa Catedral para mais uma vez
dizer sim à vida. Vivemos momentos muito turbulentos no cenário político e
jurídico do nosso país, onde a pauta do aborto está encenando não só no
Supremo, como no Congresso. É hora de nos unirmos em atos de cidadania em favor
da vida e permanecermos em oração”, finalizou o Deputado Federal professor
Paulo Fernando, membro do Movimento Pró-Vida há mais de 30 anos.
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