O post na rede social “X” do
Papa Francisco, no dia seguinte ao seu apelo no Angelus contra os conflitos na
Ucrânia e no Oriente Médio: "a guerra é sempre uma derrota, é uma
destruição da fraternidade humana". Amanhã, 24 de outubro, a publicação do
livro “Non sei solo” ("Você não está sozinho"), a edição italiana do
livro-entrevista com os jornalistas Ambrogetti e Rubín que já foi publicado na
Argentina em fevereiro, no qual o Pontífice denuncia a guerra como "fruto
de uma série de loucuras".
Salvatore
Cernuzio - Cidade do Vaticano
Horrores,
"gravíssimos horrores", contra Deus e contra o homem. Assim são as
guerras para o Papa, que volta a condenar os conflitos que estão ocorrendo no
mundo e que ontem, depois do Angelus na Praça São Pedro, reiterou como já havia
definido: "são uma derrota". Hoje o Papa fez isso no X, por meio de
sua conta @Pontifex em nove idiomas, onde se lê:
“Não
devemos habituar-nos à guerra, a nenhuma guerra. Não devemos permitir que nosso
coração e nossa mente fiquem anestesiados face à repetição destes gravíssimos
horrores contra Deus e o homem.”
Um novo apelo
Um novo
enésimo apelo, portanto, este do Papa que se junta às denúncias expressas desde
o início do pontificado e reiteradas com maior vigor nos meses da agressão
russa na Ucrânia e, agora, com as tensões no Oriente Médio, junto ao
agravamento de ataques e violência. Um incômodo que o Pontífice também
compartilhou no telefonema que fez ontem ao presidente dos EUA, Joe Biden,
recentemente em visita a Israel, no qual foi reiterada a "necessidade de
individuar caminhos de paz".
Guerra, "fruto de loucuras"
E, à luz da
turbulência que o mundo está testemunhando, as palavras do Papa contra a guerra
no também no livro “Non sei solo” ("Você não está sozinho").
Desafios, respostas, esperanças, o livro-entrevista é assinado pelos
jornalistas Francesca Ambrogetti, ex-diretora da Ansa na Argentina, e Sergio
Rubin, do jornal El Clarin. O livro já havia
sido publicado em fevereiro na Argentina com o título El Pastor (O Pastor);
amanhã a edição italiana estará nas livrarias com a editora Salani.
"No início do meu pontificado, afirmei que estávamos vivendo uma Terceira Guerra Mundial em pequenos pedaços, depois afirmei que esses pedaços tinham aumentado gradualmente e agora acho que é tudo um grande pedaço", disse o Papa em um trecho da entrevista, divulgada pela Agência Ansa. "Eu ainda acredito que é uma enorme tragédia ter perdido a memória da Segunda Guerra Mundial. Certa vez, observando os governantes dos países que participaram do conflito durante uma comemoração dos desembarques na Normandia, achei que eles deveriam chorar. Só ali morreram quase 30.000 pessoas. A guerra é o resultado de uma série de loucuras".
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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