Só aceita o convite de Deus
aqueles que estão em sintonia com o Reino de Justiça, de Amor e de Paz. Essas
pessoas sempre estarão vestidas adequadamente porque, naturalmente, praticam
obras de justiça.
Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News
Deus, o Rei
por excelência, organiza a festa de casamento de seu Filho Jesus com a
Humanidade, que apesar de ter perdido a beleza original por causa das guerras,
das injustiças cometidas, das lágrimas amargas que provocou em tantas pessoas,
continua a ser muito amada por seu noivo.
Por ocasião
das núpcias, o Pai oferece um grande banquete comemorativo.
Ele envia
os convites através de pessoas capacitadas para isso: são os Profetas do Antigo
Testamento, os Apóstolos do Novo Testamento e aqueles homens e mulheres que
recebem essa missão. Os homens do mundo inteiro, sem distinção, são os
convidados.
Os ricos e
os acomodados na religião dizem não porque possuem outros “compromissos
inadiáveis”; os pobres e os pecadores respondem sim, não porque não tenham compromissos,
mas porque sabem que esse convite de Deus é gratuito.
Essas
respostas deveriam provocar em nós a abertura de nossas comunidades a qualquer
tipo de pessoa, especialmente aos que são rejeitados.
Podemos
aprender dessa parábola que o Reino de Deus não fracassa por causa da recusa
das elites em construir uma sociedade justa e fraterna. Os convivas que são
arrancados da festa e colocados na rua são aqueles que não estão com a roupa da
justiça, ou seja, revestidos com ações de justiça.
Como anda o
meu guarda-roupa espiritual? Quais as obras de justiça que tenho praticado?
Como andam minhas atitudes de afeto? Voltadas para os demais, descentralizadas
de minha pessoa ou sendo compensação afetiva de uma pseudo caridade?
Nenhum de
nós é perfeito, é santo. Quanto mais nos aproximamos de Deus, de Sua luz, mais
enxergamos nossos limites e defeitos.
Essa foi a
experiência de grandes santos, de muitos místicos, que – justamente por causa
desta proximidade com o divino – se sentiam grandes pecadores!
Por outro
lado, se a humildade nos leva a enxergar nossas qualidades e dons, ela também
nos leva a atribuí-las à generosidade de Deus. Tudo é dom! Tudo é bondade do
Senhor!
Esses dons,
esses atributos fazem parte do convite que Deus nos faz para o banquete das bodas
eternas.
Só aceita o
convite de Deus aqueles que estão em sintonia com o Reino de Justiça, de Amor e
de Paz. Essas pessoas sempre estarão vestidas adequadamente porque,
naturalmente, praticam obras de justiça. A qualquer hora podem ingressar no
recinto do banquete, não importa o momento da vida em que são chamadas!
Estejamos preparados para o banquete nupcial do Cordeiro! Será sempre o Amor aquele que nos vestirá adequadamente para as núpcias!
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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