10 de outubro
São Daniel e companheiros
Leão,
Angelo, Nicolau, Samuel, Hugolino e Donino. Mártires de Ceuta, no Marrocos, da
Primeira Ordem (+ 1227). Aprovou seu culto como santos, Leão X no dia 22 de
janeiro de 1516.
No dia 16
de janeiro de 1220, portanto ainda durante a vida de São Francisco, São
Bernardo e seus companheiros foram martirizados na cidade de Marrakesh,
Marrocos (a Igreja os canonizou em 1481).
Os
esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos
são devidos a duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos
consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Gênova, que
escrevera ao irmão Elias de Cortona comunicando o destino glorioso dos
missionários. Esse documento teria sido escrito poucos dias após os
acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.
O irmão
Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos
viajaram da Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para o
Marrocos, na África, onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de
grande entusiasmo missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela
memória de são Francisco, que morrera no ano anterior.
O chefe do
grupo era Daniel, nascido em Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo
de ministro provincial da Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel,
Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na
Espanha, transferiram-se para a cidade de Ceuta, no Marrocos.
Era um ato
verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido
qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo,
trabalharam nos inúmeros mercados de Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto
residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram
iniciar as pregações entre os infiéis.
Nas
estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma
local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé.
As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão,
foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.
Depois de
sete dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas
as maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então,
condenou à morte os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no
cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus
corpos, destroçados.
Todavia os
comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram
nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos
para a Espanha. Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de
várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.
O papa Leão
X, em 1516, canonizou como santos Daniel e cada um dos seis companheiros,
autorizando o culto para o dia 13 de outubro, três dias após suas mortes.
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