“Não podemos dizer que somos
privilegiados em relação aos outros. O chamado é para um serviço. E Deus
escolhe um para amar a todos, para alcançar a todos”, disse o Papa na Audiência
Geral desta quarta-feira, 22 de novembro.
Thulio
Fonseca - Vatican News
“A mensagem
cristã é para todos”. Esse foi o tema escolhido pelo Papa Francisco
para a catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (22). Reunido com
milhares de fiéis na Praça São Pedro, o Pontífice enfatizou que através do
encontro com Jesus os cristãos são chamados a anunciar com alegria as
maravilhas do Evangelho.
Através da
propagação da mensagem de Cristo, sublinhou Francisco, “existe um poder
humanizador, uma realização de vida que está destinada a cada homem e a cada
mulher, porque Cristo nasceu, morreu e ressuscitou por todos, não excluiu
ninguém”.
O cristão
deve ser aberto e extrovertido
O Papa
recordou um trecho da Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no
mundo atual, Evangelii Gaudium:
«Todos têm
o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem
excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem
partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete
apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas “por atração”» (n.
14).
Francisco
ao sublinhar a importância do serviço da destinação universal do Evangelho,
convidou os fiéis a destacarem-se “pela capacidade de ir além de si mesmos, de
superar o egoísmo e todas as fronteiras”:
“Os cristãos reúnem-se mais no
adro da igreja do que na sacristia, percorrem as praças e as ruas da cidade.
Devem ser abertos e expansivos, extrovertidos, e este carácter vem de Jesus,
que fez da sua presença no mundo um caminho contínuo, destinado a chegar a
todos, aprendendo até com alguns dos seus encontros.”
O chamado
do Senhor é para servir
Ao falar
sobre a pregação de Jesus narrada nos evangelhos, o Papa recordou que a
propagação da Boa Nova não deve limitar-se ao povo ao qual pertence, mas deve
estar aberta a todos. “A Bíblia nos mostra”, disse o Papa, “que quando Deus
chama uma pessoa e faz uma aliança com alguém, o critério é sempre esse:
“O Senhor elege alguém para
alcançar outros, esse é o chamado de Deus.”
Em seguida
o Santo Padre destacou que todos os amigos do Senhor experimentaram a beleza,
mas também a responsabilidade e o fardo de serem "escolhidos" por
Ele, e completou: “todos já experimentaram o desânimo diante de suas fraquezas
ou da perda de sua segurança”.
Francisco
então exortou os fiéis sobre o risco do fechamento que pode assolar os
cristãos:
“A tentação
maior é considerar o chamado recebido como um privilégio. Por favor, não, o
chamado não é um privilégio, nunca. Não podemos dizer que somos privilegiados
em relação aos outros. O chamado é para um serviço. E Deus escolhe um para amar
a todos, para alcançar a todos.”
Ao final da sua catequese, o Papa enfatizou que o chamado de Jesus é universal: “não é para um grupo de eleitos de primeira classe”: “Deus escolhe alguém para amar a todos. Esse é o horizonte da universalidade. O Evangelho não é só para mim, é para todos, não vamos nos esquecer disso”, concluiu o Papa.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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