Os Santos estão na beira da
porta como afirma o Papa Francisco, nos acompanham em todas as situações e
nunca desistem de nós.
Dom Roberto
Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Um cristão
firme como poucos, Leão Bloy afirmava, que existe uma só tristeza, a tristeza
de não ser santo. Tinha razão pois o que nos falta nesta sociedade líquida ou
gasosa, em que os valores permanentes parecem ter sumido, nos deparamos com o
conformismo raso e a mediocridade como estilo de vida. Não significa que para
ser santo tenhamos que despontar ou chamar a atenção por fazer coisas notáveis
ou façanhas e milagres a torto e a direito.
Ser santo
não consiste em adoptar uma existência de marketing ou de um elitismo de seres
que se pensam superiores aos demais. São gente como a gente de carne e osso,
pele e pescoço, de vida corrente, mas que querem seguir com garra e vontade a
Jesus como centro, raiz e sentido total da vida. Mesmo sem fazer-se
perceptíveis nas fotos ou atos da geração selfie, sua vida grita Cristo como
falava São Charles de Foucauld, seu testemunho simples, cotidiano nos encanta
porque com eles nos sentimos diante de uma presença amiga, leal e compassiva.
Os Santos
estão na beira da porta como afirma o Papa Francisco, nos acompanham em todas
as situações e nunca desistem de nós. Fazem-nos pensar seriamente no modo de
viver, e levantam a pergunta, porque não ser como eles, se eles conseguiram
porque não eu? São João Paulo II na sua vinda ao Brasil nos deixou esta frase
como legado:
“O Brasil
precisa de Santos!” E estava certíssimo, porque sem Santos nunca sairemos da
mesmice, da crise ética, da falta de horizontes e absolutos que só Cristo pode
dar. Mergulhemos na comunhão dos santos e na amizade espiritual com eles,
tornemos cada vez mais a Igreja uma escola de santidade e ternura, partilhando
os bens e graças sobrenaturais que nos elevam e nos levam sempre ao encontro
dos pobres, dos sofredores e oprimidos, os preferidos de Deus.
Pois ser santo e refletir e espelhar o bom odor de Cristo, sua misericórdia e copiosa redenção a todas as pessoas e criaturas no tecido de nossa vida cotidiana e de nossa vocação específica ou carisma a que fomos chamados. Deus seja louvado!
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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