Por Mónica Muñoz - publicado em 12/12/23
O ser humano é comunicativo por natureza. Nosso Senhor Jesus Cristo sabia disso perfeitamente, por isso nos deixou o sacramento da Confissão.
O ser humano precisa se comunicar para viver. Por isso as relações interpessoais que se fortalecem com a conversa são tão importantes, pois fazem fluir todas as emoções e sentimentos, mesmo os mais ocultos que residem na alma.
Graças à sua natureza divina, Nosso Senhor Jesus Cristo foi um profundo conhecedor do homem e compreendeu perfeitamente esta necessidade. É por isso que os Evangelhos registram os atos do Senhor, que inicialmente foram transmitidos oralmente, cumprindo o seu mandato:
“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
Mt 28, 19-20
Confessar é uma necessidade
Quando o Senhor Jesus foi crucificado, os discípulos se esconderam e, após a ressurreição, pareceu-lhes que tudo teria que voltar ao normal porque não sabiam que Jesus estava vivo.
Eles tinham muito o que conversar, tinham que processar os fatos e colocar as ideias em ordem. Portanto, o próprio Jesus Cristo aparece aos apóstolos e lhes dá poder e ordem:
“Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos”.
Jo 20, 21-23
O perdão
Claro, como eles poderiam perdoar pecados se não os ouvissem? Foi e é necessário dizê-los para que o sacerdote, que recebeu de Jesus esse mesmo poder, saiba se deve perdoá-los ou retê-los. Faz parte da lógica humana. Se não digo o que quero, não posso esperar que isso me seja dado só por causa do desejo que tenho dentro de mim.
Nos julgamentos orais, é evidente que, para proferir uma sentença, é necessário apresentar a acusação e as provas, e o advogado de defesa usa a retórica para convencer o júri da inocência do seu cliente.
Só o padre pode perdoar
Aqueles que pertencem a outras denominações religiosas confessam a sua culpa perante a comunidade quando prestam o seu testemunho. Há quem vá ao pastor para lhe contar as suas tentações, e o máximo que ele pode fazer é ouvi-los e aconselhar-lhes o que fazer, mas não lhes perdoar as suas faltas.
O Senhor foi muito claro. É um privilégio para os católicos, porque ninguém mais pode perdoar validamente em nome de Deus. Além disso, temos o enorme consolo do perdão pronunciado em voz alta, e não por mera suposição. Quem confessa tem a certeza de que os seus pecados foram perdoados. Portanto, aproveitemos esta graça e confessemos frequentemente.
Fonte: https://pt.aleteia.org/
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