"Um legado para abrir olhos, ouvidos e coração ao que essas populações têm a dizer", disse Adriana de Souza, de Marabá/PA (Renan Dantas) |
O curso, realizado em modalidade
on-line desde 2016, desempenhou um papel crucial na capacitação de
multiplicadores para abordar a temática indígena em diversos contextos. O
aumento expressivo de inscrições neste ano, que ultrapassaram 600 candidatos,
sendo mais que o dobro de 2019 quando era presencial, revela a crescente
demanda por entendimento sobre a história e a cultura indígena.
Renan
Dantas
A oitava
turma do curso de Histórias e Culturas Indígenas, fruto da
colaboração entre o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Universidade
Federal da Integração Latino-Americana (Unila), encerrou sua jornada
educacional na última quinta-feira (23). O curso, realizado em modalidade
on-line desde 2016, desempenhou um papel crucial na capacitação de
multiplicadores para abordar a temática indígena em diversos contextos.
"Um curso de excelência", comentou Inês Castilho, de São Paulo/SP (Vatican Media) |
As
inscrições em ascensão
O aumento
expressivo de inscrições neste ano, ultrapassando 600 candidatos, mais que o
dobro de 2019 quando era presencial, revela a crescente demanda por
entendimento sobre a história e a cultura indígena. Apesar das limitadas 60
vagas oferecidas, a diversidade dos participantes, provenientes de diferentes
estados e com formações acadêmicas diversas, enriqueceu os debates.
A presença
de renomados professores e educadores, como enfatizado pelos coordenadores do
curso, Marline Dassoler e Clóvis Brighenti, conferiu qualidade e reconhecimento
à formação. Tornou-se um espaço de aprendizado não apenas para acadêmicos, mas
para profissionais de diversas áreas, solidificando sua importância no cenário
educacional.
Clóvis, o
coordenador do curso, compartilhou a missão de desenvolver ações de formação
com pessoas de diversas áreas do conhecimento, destacando a importância de
rever conceitos equivocados deixados pelo colonialismo. Ele ressaltou a
necessidade de contribuir para a desconstrução de preconceitos e criar relações
respeitosas com as sociedades indígenas.
"A conexão direta com as vozes indígenas, histórias e desafios, trouxe uma conscientização profunda", disse Ana Carolina Magnoni, Curitiba/PR (Vatican Media) |
Os
depoimentos dos alunos
Adriana de
Souza, Marabá, Pará: "O curso foi de uma qualidade muito grande.
Gostei muito da forma como as aulas eram conduzidas, com incentivo à
participação dos alunos. A recomendação do material bibliográfico é de muita
qualidade. O curso deu uma noção introdutória ampla, mas incentiva que a gente
se aprofunde. O legado importante foi abrir os olhos, ouvidos e o coração para
ouvir o que essas populações têm a dizer."
Inês Castilho, São Paulo capital: "O curso de extensão
CIMI/UNILA, um curso de excelência, nos presenteou com um amplo espectro de
conhecimento. O maior presente foi colocar em contato direto com a voz de cinco
mulheres indígenas, com seus corpos-territórios carregados de ancestralidade.
Todos choramos diante da beleza que elas nos entregaram do coração, ao contar
como escutam a Mãe Terra e resistem à violência há 500 anos."
Ana Carolina Magnoni, Curitiba, Paraná: "O curso CIMI/UNILA
foi uma jornada transformadora. A diversidade de perspectivas e a profundidade
das discussões proporcionaram uma compreensão mais ampla das riquezas das
culturas indígenas. A conexão direta com as vozes indígenas, suas histórias e
desafios, trouxe uma conscientização profunda. Sinto-me agora não apenas
informada, mas comprometida em contribuir para a preservação dessas culturas e
na luta por seus direitos. As trocas entre os alunos foram enriquecedoras,
destacando a importância das contribuições de cada um. Recomendo esse curso
para todas as pessoas interessadas nessa temática. Espero ter ajudado."
A
participação ativa proporcionou uma escuta mais ativa para as vozes indígenas,
abrindo olhos, ouvidos e corações para suas reivindicações e lutas. A
experiência transcendeu as barreiras acadêmicas, inspirando o desejo de
contribuir e reverberar a mensagem indígena. Assim, o encerramento da oitava
turma do curso não apenas marca o fim de uma etapa educacional, mas inaugura
uma nova fase. Os participantes, munidos de conhecimento, sensibilidade e
vivências compartilhadas, agora buscam ativamente promover a compreensão e
respeito pelas histórias e culturas indígenas em um cenário nacional e
latino-americano em constante transformação.
"Sinto-me agora comprometida em contribuir para a preservação dessas culturas", comentou Ana Carolina Magnoni, Curitiba/PR (Vatican Media) |
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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