Folhas de maconha. | Armando Olivo Martín del Campo CC BY-SA 4.0 DEED |
1 de dez de
2023
O arcebispo de Denver (EUA), dom
Samuel Aquila, falou sobre os perigos do consumo de maconha e de drogas
classificadas como “recreativas”. Ele propôs alguns princípios para enfrentar
esta realidade, que ele mesmo testemunhou desde a legalização da cannabis no
estado do Colorado em 2012.
Numa entrevista transmitida pelo
canal What We Need Now (O
que precisamos saber agora) na plataforma Substack no dia 28 de novembro, o
arcebispo disse que a legalização e a aceitação cultural das drogas têm sido
“devastadoras” para a sociedade. No dia 10 de novembro último ele escreveu uma
carta pastoral sobre o tema, publicada no site da arquidiocese.
“Senti a
necessidade de falar sobre os efeitos devastadores que vi em primeira mão,
especialmente em muitos estados que seguiram o Colorado. A legalização da
maconha e a aceitação do uso de drogas foram desastrosas para a nossa sociedade
e os recursos católicos são limitados neste sentido”, disse dom Aquila na
entrevista.
Sobre a
perspectiva atual de que existem drogas “recreativas”, como algumas pessoas
defendem, Áquila disse: “Compreendendo que somos pessoas criadas para a
comunhão de amor, podemos julgar que as drogas são apenas um bem aparente. São
ruins para nós, porque diminuem nossa capacidade de conhecer e amar”.
“As drogas
diminuem o nosso domínio de nós mesmos ao danificarem as próprias faculdades
que nos tornam humanos: inibem o uso da razão, enfraquecem a orientação da
nossa vontade para o bem e treinam as nossas emoções para esperar um alívio
rápido com prazer artificial”, disse.
Dois princípios
O arcebispo
de Denver disse que as Escrituras ensinam que “fomos feitos à imagem de Deus. E
se isso não bastasse, somos convidados à comunhão eterna com Ele”.
Por isso,
continuou, “podemos propor dois princípios essenciais que explicam porque as
drogas recreativas são imorais: 1.- Já que os seres humanos são muito valiosos,
é errado o uso de qualquer substância que seja prejudicial à vida humana. 2.-
Qualquer coisa que diminua o uso da razão no homem e atente contra a sua
dignidade como pessoa humana é, portanto, prejudicial”.
Segundo
Áquila, “as drogas agridem a pessoa humana, afetando-a física, intelectual,
psicológica, social e moralmente”.
Quanto à crença de que a maconha
não é prejudicial, dom Aquila contou que no Colorado “viu-se um aumento no
vício, com o uso desordenado de maconha dobrando em um período de menos de 20
anos. Isso não é surpreendente, uma vez que o uso de cannabis entre
os habitantes do Colorado aumentou dramaticamente desde a sua legalização [em
2012].”
“Mais
pessoas usando maconha significa inevitavelmente mais dependência”, lamentou.
Uma resposta a partir da fé
O arcebispo
de Denver disse que no “coração do uso de drogas” geralmente se encontram dois
temas: “Uma crise de valores e uma privação de vínculo relacional que tornam a
pessoa aberta e suscetível ao uso de drogas”.
“Diante das
drogas que oferecem prazer, Jesus quer nos dar a plenitude do amor, da alegria
e da paz, que são uma constante em meio aos altos e baixos da vida. Em vez de
procurar produtos químicos quando nos sentimos cansados e tristes, Jesus nos
convida a ir até Ele, que nos promete descanso e abundância”, disse o
arcebispo.
“A coisa
mais importante que podemos fazer como cristãos, em resposta à cultura das
drogas, é anunciar o Evangelho”.
“É através do amor, da misericórdia, do significado e da esperança encontrados em Cristo que as pessoas podem ser dissuadidas do uso de drogas ou inspiradas a libertarem-se da sua influência”, concluiu.
Fonte: https://www.acidigital.com/
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