Silvestre pertencia ao clero romano, com cargos de importância, e sofreu ainda com
as últimas perseguições aos cristãos antes do Edito de Milão em 313, tendo
eventualmente que se esconder. Mas sua eleição ao papado em
314 foi o início de uma nova era para a Igreja, de liberdade religiosa, e com o
apoio do Imperador Constantino, pôde construir a Basílica de
São Pedro, sobre o seu túmulo, a Basílica Lateranense com a morada do Papa, e a
Basílica de São Paulo. (É apenas uma lenda que Constantino
tenha doado à Igreja também toda a cidade de Roma).
Internamente, a Igreja teve que combater duas
grandes heresias, o donatismo, que pregava uma igreja só para os
justos, e o arianismo, esta ainda mais grave, reduzindo Jesus a uma mera
criatura de Deus, inferior ao Pai. O Concílio de Arles condenou
a primeira, e o Concílio Ecumênico de Nicéia (o primeiro Concílio universal, em
325) condenou a segunda: o Credo Niceno-Constantinopolitano, rezado até
hoje, explicita Jesus como “gerado, não criado, consubstancial ao Pai”. Silvestre,
aparentemente por questões de idade ou saúde, não participou diretamente do
Concílio, sendo representado por dois enviados seus.
Silvestre soube lidar também, em sabedoria e
amizade, com o Imperador Constantino, que de certa forma, mesmo
auxiliando imensamente a Igreja, também se excedeu na ingerência de suas
atividades. Após 23 anos de pontificado, faleceu São Silvestre
em 335, um dos primeiros pontífices a não morrer martirizado.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
A edificação da Igreja, tanto no
aspecto espiritual quanto material, é obra árdua e grandiosa. Nos dois aspectos
se sobressai São Silvestre, ao promover a construção de grandes basílicas, e
defender e ajudar a definir a sã Doutrina. A Igreja, Corpo Místico de Cristo,
possui ambos os aspectos, matéria e espírito, e ambos precisam de cuidado e
saúde, ainda que a primazia seja a do espírito.
Oração:
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