Santo Amaro ou São Mauro, nasceu em Roma no final do século V.
De família nobre, seu pai, o senador Equício o confiou ainda jovem aos cuidados
do monge São Bento.
O
Martirológio Romano e a Ordem beneditina comemoram Santo Amaro a 15 de janeiro.
Santo Amaro foi um dos primeiros discípulos de São Bento, e tudo o que sabemos
dele está contido em dois trechos da vida de São Bento, escrita por São
Gregório Magno. O primeiro trecho faz alusão à oferta, por parte do pai de
Amaro, o senador Equício, que o oferece ainda menino a São Bento. O segundo
trecho torna célebre Santo Amaro na história de ascética cristã, pela
incondicional obediência, premiada com um milagre.
Enquanto
estava imerso em oração, São Bento percebeu, em visão, que o menino Plácido,
que tinha ido buscar água num lago, por imprudência, tinha caído e corria o
risco de se afogar. O santo abade chamou Amaro e lhe disse: “Meu irmão Amaro,
corre porque aquele mongezinho que foi buscar água caiu e a onda o carrega”.
Amaro partiu imediatamente: correu ao lago e foi ao encontro de Plácido no meio
do lago, tomou-o pelos cabelos e o carregou até a terra. Só então percebeu
haver caminhado sobre as ondas, como o apóstolo São Pedro no lago de
Tiberíades.
Estupefato,
narrou o episódio a São Bento. Este humildemente atribuiu o prodígio aos
merecimentos de Amaro, mas o discípulo estava convicto do contrário e teve a
confirmação pelo próprio colega Plácido, que disse ter tido a impressão de
haver estado agarrado à capa do abade: ‘… e parecia que ele me tirava da água”.
Tudo o que sabemos sobre este santo discípulo de São Bento, além desses trechos
de São Gregório, nos vem de uma biografia apócrifa escrita na metade do século
IX.
Santo
Amaro freqüentava o monastério do Subíaco, a fim de adquirir sabedoria e
prudência cristãs na convivência com São Bento. Acompanhou o mestre até que
este se fixasse em Montecassino. Aí Santo Amaro foi o primeiro superior e
administrador.
Homem
de grande virtude, modelo de obediência, humildade e caridade, Santo Amaro era
austero consigo, porém bondoso e caridoso com os outros. Sua regra de vida
consistia na leitura meditada da Palavra de Deus e no louvor litúrgico, com
ritmos de trabalho, intensa caridade fraterna e ajuda mútua.
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