Cordeiro
O cordeiro é mencionado no Antigo Testamento sobretudo como
vítima sacrifical. Sua carne é um prato
opcional (Dt 34,14; Am 6, 4). O cordeiro é símbolo de inocência (Is 5, 7), de
fragilidade (Sf 119, 176; Os 4, 16). As famílias se apegam ao cordeiro do
rebanho (2Sm 12, 3-4).
O título Cordeiro de Deus é aplicado a Jesus por João Batista,
em Jo 1, 29-36. Este título pode reunir a imagem do cordeiro pascal, aplicada a
Jesus em Jo 19, 36 (1Cor 5, 7), e a do Servo de Javé (Is 53, 7), igualmente
aplicada a Jesus (At 8, 32 etc.). Esta combinação de duas imagens poderia ser a
consequência de uma tradução defeituosa, mas talvez intencional, do aramaico talya,
que significa tanto cordeiro quanto servo. 1Pd compara Cristo a um cordeiro,
vítima sacrifical ou vítima pascal.
O tema cordeiro é utilizado sobretudo pelo Ap. O cordeiro é “imolado”
(5, 6-12); 13, 8); seu sangue traz a
salvação (7, 14; 12, 11). Sobretudo o cordeiro é representado glorioso:
está sentado no trono (5, 8.12-13; 7, 9-10; 22, 1.3), irritado (6, 16),
vitorioso de seus inimigos (17, 14); é o juiz que tem o livro da vida (13, 8;
21, 27); só ele pode abrir o grande livro dos oráculos do Antigo Testamento (5,
9). Este cordeiro imolado e glorioso é a imagem de Jesus, morto e glorificado,
cuja glória é fruto da morte. Os discípulos de Jesus são cordeiros, segundo
Jo 21, 15; Pedro é seu pastor.
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