Cap. 37 - Viu-o e moveu-se de compaixão (o Bom
Samaritano)
Enquanto
Jerusalém se esvaziava e as caravanas já estavam em marcha, Jesus volta a
pregar nas proximidades do Templo. Diz: “Eu sou o bom pastor: o bom pastor
dá sua vida pelas suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não
pertencem as ovelhas, vê o lobo aproximar-se, abandona as ovelhas e foge, e o
lobo as ataca e dispersa, porque ele é mercenário e não se importa com as
ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me
conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas
minhas ovelhas. Mas tenho outras ovelhas que não são deste redil: devo
conduzi-las também; elas ouvirão a minha voz: então haverá um só rebanho, um só
pastor”.
A sua
missão é universal, não diz respeito apenas ao povo de Israel, o povo da
primeira Aliança, ele veio ao mundo também para as outras ovelhas, para as que
estão em outros "redis", para as que estão longe. Alguns dias depois,
Jesus e seus seguidores partiram novamente, parando em Betânia, um dos
presentes se levanta e se aproxima dele. É um doutor da lei que quer
questioná-lo e colocá-lo à prova.
Pergunta: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”. Jesus
olhando-o responde com outra pergunta: “Que está escrito na lei? Como
lês?”. Ele, então, respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração,
de toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e a teu
próximo como a ti mesmo”. Jesus sorri e lhe diz: “Respondeste
corretamente; faze isso e viverás”.
Mas ao
escriba não é suficiente. Querendo se justificar, disse a Jesus: “E
quem é meu próximo?”. Jesus o faz sentar-se ao seu lado.
Em seguida,
começa a lhe contar uma parábola: “Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e
caiu no meio de assaltantes que, após havê-lo despojado e espancado, foram-se,
deixando-o semimorto...”. Jesus continua: “Casualmente, descia por este
caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Igualmente um levita,
atravessando esse lugar, viu-o e prosseguiu. Certo samaritano em viagem, porém,
chegou junto dele, viu-o e moveu-se de compaixão. Aproximou-se, cuidou de suas
chagas, derramando óleo e vinho, depois colocou-o em seu próprio animal,
conduziu-o à hospedaria e dispensou-lhe cuidados. No dia seguinte, tirou dois
denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo: ‘Cuida dele e o que gastares a mais,
em meu regresso te pagarei’”.
Um
sacerdote e um levita, dois notáveis, passam longe. Nenhum deles se compadece a
ponto de cuidar dele. Isso é feito pelo menos "religioso" dos três,
um comerciante samaritano, pertencente a um povo execrado, extremamente
desprezados pelos judeus. O Nazareno termina a história e, olhando nos olhos do
escriba, lhe diz: “Qual dos três, em tua opinião, foi o próximo do homem que
caiu nas mãos dos assaltantes?”. Ele respondeu: “Aquele que usou de
misericórdia para com ele”. Jesus então lhe disse: “Vai, e também tu, faze o
mesmo”.
https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/03/30/16/137855710_F137855710.mp3
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