14 de mai de 2024
A abadia cisterciense de Heiligenkreuz, na Áustria, é a mais antiga ainda em atividade no mundo, com quase mil anos e mais de 100 monges. Nunca teve “interrupções” na sua história e é agora um oásis da Igreja Católica na Europa.
Heiligenkreuz fica a cerca de 30 quilômetros de Viena, capital da Áustria. Os monges têm uma idade média de 49 anos, o que significa que são “jovens” no ambiente eclesial, especialmente na Europa onde há cada vez menos vocações, diz o jornal italiano Avvenire.
Além disso, quatro ou cinco homens juntam-se todos os anos à abadia fundada em 1135.
Atualmente vivem ali 103 monges, 11 religiosos com votos temporários e seis noviços, todos liderados pelo abade Maximilian Heim.
“O mais importante é o amor a Deus e aos outros”, diz o abade. “Num mosteiro beneditino [os cistercienses seguem a regra de São Bento], isto se completa com a tríade ora, lege et labora, ou seja, rezar, ler e trabalhar”.
Para o abade, também é importante “honrar o mandamento de Jesus ‘para que todos sejam um’: a unidade dentro da comunidade sem igualitarismo e com a liberdade necessária para cada indivíduo, bem como a unidade com a Igreja na prática, isto significa unidade dentro da ordem, bem como com o papa e o bispo diocesano”.
O trabalho para resgatar outros mosteiros na Europa
No dia 21 de novembro de 2021, as duas últimas freiras beneditinas do mosteiro de Sabiona, em Chiusa, na província italiana de Bolzano, deixaram o local depois de 335 anos de presença ali.
O bispo de Bolzano-Bressanone, dom Ivo Muser, e a abadessa Maria Ancilla Hohenegger lamentaram o fato e manifestaram o desejo de que o mosteiro localizado continue a ser um lugar de peregrinação e um centro de vida contemplativa. Isso só foi possível algum tempo depois, graças à abadia de Heiligenkreuz.
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