Que Maria Santíssima proteja,
ilumine e fortaleça sempre as nossas mães para que nunca nos falte seu regaço,
sua palavra e sua benção.
Dom Roberto
Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos dos Goytacazes (RJ)
Num mundo
muitas vezes opaco e frio onde parece despontar como sinal de eficácia e de
alta resolução de problemas e desafios a Inteligência Artificial, parece-nos
importante ao comemorarmos o dia das mães, lembrá-las como fonte inspiradora da
Inteligência Espiritual e Emocional sem as quais não nos tornamos humanos.
O Educador
Augusto Cury adverte-nos do risco da intoxicação digital, criador de novas
adições e dependências, da condição de mendigos e analfabetos emocionais e de
reféns da exposição midiática. Falta-nos reaprender a vida afetiva, o lado
direito do cérebro, a capacidade sentipensante (conhecimento compassivo e
amoroso) de gerenciar relacionamentos saudáveis, equilibrados e fraternos.
Por isso a
proximidade e presença de mães que nos acompanhem nesta mentoria da sabedoria
do coração, que Pascal chamava espírito de fineza, de empatia e de acolhida das
pessoas, é cada vez mais necessária. Hoje sabemos de tudo e de nada, somos como
banco de dados supercarregados, que sabemos o preço e talvez a utilidade das
coisas; mas não seu verdadeiro valor e sentido.
Nossas
conversas são apenas solilóquios isto é exposição muitas vezes narcísica de
como vivemos. Torna-se urgente e primordial a educação e formação de nossos
sentimentos, da capacidade de olhar e respeitar a alteridade, de sermos
iniciados na aventura fascinante da amizade, da partilha, da compaixão.
E se há alguém que pode nos ajudar a desenvolver esta vida interior que desabrochará numa vida social aberta ao dom e a reciprocidade de amar, são as mães. Elas como sinal vivo da misericórdia e ternura divinas, nos amam por primeiro, ou como diz o Papa Francisco nos “ primeireiam” no afeto, na doação de si, no sacrifício generoso apresentando-nos a alegria de viver e conviver servindo e entregando-se sem reservas a seus filhos/as.
No seu colo e amparo percebemos que somos amados pelo que somos, não pela nossa inteligência, produção ou habilidades, que somos dons preciosos para elas e para os outros, e que existem coisas como o amor de uma mãe que o dinheiro nunca poderá comprar. Que Maria Santíssima proteja, ilumine e fortaleça sempre as nossas mães para que nunca nos falte seu regaço, sua palavra e sua benção. Deus seja louvado!
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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