Na conclusão do ciclo de
catequeses sobre os vícios e as virtudes, Francisco dedicou sua reflexão à
humildade. Aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para a Audiência
Geral desta quarta-feira (22/05), o Pontífice enfatizou: “onde não há humildade,
há guerras, discórdias e divisões”.
Thulio
Fonseca – Vatican News
A reflexão
do Papa Francisco nesta quarta-feira, 22 de maio, foi dedicada à humildade.
Esta foi a vigésima e última catequese do ciclo sobre os vícios e as virtudes,
iniciado na Audiência Geral de 27 de dezembro de 2023. O Santo Padre disse que
"a humildade não faz parte das sete virtudes cardeais e teologais, mas
está na base da vida cristã”, e enfatizou:
“Esta
virtude é a grande antagonista do mais mortal dos vícios, a soberba. Enquanto o
orgulho e a soberba incham o coração humano, fazendo-nos parecer mais do que
somos, a humildade traz tudo de volta à dimensão certa: somos criaturas
maravilhosas, mas limitadas, com pontos fortes e fracos.”
Bem-aventurados
os humildes
Ao recordar
das palavras de Jesus, presentes no sermão das bem-aventuranças, o Papa
sublinhou: “bem-aventuradas as pessoas que guardam no coração esta percepção da
própria pequenez, elas são preservadas de um vício muito feio, a arrogância”.
“Bem-aventurados
os que têm um coração pobre, porque deles é o Reino dos céus! Esta é a primeira
bem-aventurança apresentada por Jesus, porque é a base das seguintes: de fato,
a mansidão, a misericórdia e a pureza de coração surgem daquele sentimento interno
de pequenez. A humildade é a porta de entrada para todas as virtudes.”
Maria:
exemplo de humildade
Francisco
também faz menção às primeiras páginas dos Evangelhos, onde “a humildade e a
pobreza de espírito são a fonte de tudo”. E ao recordar o anúncio do Anjo a
Maria, o Santo Padre enfatiza que é precisamente de uma jovem pobre e
desconhecida que o mundo renasce:
“Deus é
atraído pela pequenez de Maria, a qual é antes de tudo uma pequenez interior, e
Ele também é atraído pela nossa pequenez, quando a aceitamos.”
De agora em
diante, Maria tomará cuidado para não subir ao palco, continua o Papa. “Sua
primeira decisão depois do anúncio evangélico é ajudar sua prima. As pessoas
humildes não querem sair jamais do seu escondimento.”
Uma virtude
sólida
Segundo o
Santo Padre, podemos imaginar que também Maria tenha vivido momentos difíceis,
dias em que a sua fé avançava na escuridão, "mas isso não fez vacilar a
sua humildade, que era uma virtude granítica", e destacou:
"Quero sublinhar isso, a humildade é uma virtude resistente. A pequenez
nos leva à humildade, e também pensamos em Maria, em sua força invencível: é
ela quem permanece aos pés da cruz, enquanto se desfaz a ilusão de um Messias
triunfante."
Fonte de
paz no mundo e na Igreja
Na
conclusão da catequese, o Papa reforçou: a humildade é tudo. É o que nos salva
do Maligno e do perigo de nos tornarmos seus cúmplices. E a humildade é a fonte
da paz no mundo e na Igreja.
"Onde
não há humildade, há guerra, há discórdia, há divisão. Deus nos deu um exemplo
disso em Jesus e Maria, porque eles são a nossa salvação e felicidade. E a
humildade é exatamente a via, o caminho para a salvação."
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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