Floriano nasceu em Zeiselmer, povoado da
Alta-Áustria, no século III. Era oficial
romano, administrador militar servindo numa legião imperial da região do
Rio Danúbio, em Nórica (atualmente parte da Áustria e da
Alemanha).
A rápida disseminação do
Catolicismo no Império Romano ocorreu em parte pela sua boa
rede de estradas e pelo envio de soldados para as
diversas áreas do império. Muitos militares se converteram, entre
eles Floriano.
Nesta época ocorria a duríssima perseguição de Dioclesiano aos cristãos, que
incluía a morte para os que não renegassem o Cristo
e sacrificassem aos deuses pagãos, bem como a destruição de
qualquer escrito da Palavra de Deus. Juntamente a 40
soldados, Floriano declarou-se cristão a Aquilino, comandante militar no vale
do Rio Danúbio, em Lorch (atual Áustria); foi agredido a pauladas e teve
arrancada a carne das espáduas.
Mas, não renunciando à Fé ele e os demais, foram
todos condenados à morte. A sentença cumpriu-se com
os condenados sendo atirados do alto de uma ponte ao rio Enns, próximo a Lorch,
com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço, em 4 de maio de 304.
Seu corpo foi levado pelas águas, recolhido numa
margem por cristãos e enterrado num local que no século VIII foi doado à Igreja por um presbítero, Reginolfo, que incluía as
terras “do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".
Em 1138, o rei polaco Casimiro e o bispo Gedeão, de
Cracóvia, pediram ao Papa Lúcio III a doação de algumas
relíquias de mártires, seguindo entre elas as de São Floriano; por este motivo,
ele é padroeiro da Polônia, e também de Linz no norte da
Áustria, e ainda outros países da Europa Central.
Seu culto foi muito divulgado, especialmente entre
soldados, na Idade Média. É também invocado contra os
incêndios, sendo padroeiro dos bombeiros europeus e norte-americanos, pois ele
teria criado um destacamento de legionários, conhecido como “combatentes do
fogo”, para apagar os constantes incêndios nas modestas construções
de acampamento. Sua imagem o representa embraçando um recipiente de onde a água
cai sobre habitações queimando.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
Pode-se dizer que São Floriano
viveu e morreu na sua própria “casa”, hoje Áustria, ainda que sob o Império
Romano; o mesmo se aplica a nós, que devemos viver, neste mundo, na nossa
“casa” – mais ainda, “Corpo”, Místico e também material – que é a Igreja, e na
qual queremos permanecer igualmente para sempre. Isto implica em que devemos
combater, como num verdadeiro exército, as pressões mundanas e despóticas que
nos querem afastar de Deus e consequentemente de nós mesmos, que somos Sua
imagem e semelhança. A água do Batismo que caiu sobre cada um de nós deve
constantemente apagar as chamas do pecado que nunca deixarão de nos tentar
consumir durante o nosso serviço, neste posto avançado que é a terrena
existência, e o apoio mútuo entre as legiões de Cristo deve formá-las, à
semelhança de Nossa Senhora, “como um exército em ordem de batalha” (cf. Ct
63.9). Não poucos foram os mártires cristãos entre os legionários romanos, e
como eles é preciso militar na obediência antes a Deus do que aos homens (cf.
At 5,28-30).
Oração:
Senhor, Deus dos Exércitos, concedei-nos pela intercessão de São Floriano, e seus companheiros mártires, a união na Vossa obediência, e a graça de administrar as nossas vidas na lógica da conversão diária e perseverante, de modo a que em qualquer momento e situação, nas pequenas ou decisivas situações, tenhamos o destemor de confessar a Fé por obras e palavras, para a Vossa glória, o bem dos irmãos, e a nossa salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
Fonte: https://www.a12.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário