Após a celebração eucarística na
Basílica Vaticana neste sábado (29/06), de Solenidade dos Santos Pedro e Paulo,
o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus e refletiu sobre a missão
que Jesus confiou a Pedro, dando as chaves do Reino dos céus. Chaves que podem
estar em poder de todos nós que são aquelas "das virtudes como a a
paciência, a atenção, a constância, a humildade, o serviço", dadas a quem
é humilde e honesto, e não perfeito, como Pedro.
Andressa
Collet - Vatican News
Neste
sábado, 29 de junho, e de festa para Igreja no mundo que honra a memória dos
Santos Pedro e Paulo, o Papa Francisco rezou com os fiéis presentes na Praça
São Pedro a oração mariana do Angelus. O Pontífice refletiu sobre a missão que
Jesus confiou a Simão, chamado Pedro: "A ti darei as chaves do Reino
dos céus" (Mt 16,19):
"É por
isso que vemos frequentemente São Pedro representado com duas grandes chaves em
sua mão, como na estátua que se encontra aqui nesta Praça. Essas chaves
representam o ministério de autoridade que Jesus lhe confiou para servir a toda
a Igreja. Porque a autoridade é um serviço, e uma autoridade que não é serviço,
é ditadura."
A missão de
receber as chaves, como Pedro
No entanto,
alertou o Papa, devemos ter cuidado para entender bem o significado dessa
missão, que "não é a de trancar as portas da casa" e selecionar os
convidados, mas dar acesso a todos - "todos, todos, todos" - ajudando
a encontrar o caminho para entrar no Evangelho de Jesus. Atitudes que podem ser
praticadas diariamente através, por exemplo, das virtudes:
"As
chaves de Pedro, de fato, são as chaves de um Reino, que Jesus não descreve
como um cofre ou um quarto blindado, mas com outras imagens: uma pequena
semente, uma pérola preciosa, um tesouro escondido, um punhado de fermento (cf.
Mt 13,1-33), ou seja, como algo precioso e rico, sim, mas ao mesmo tempo
pequeno e discreto. Para alcançá-lo, portanto, não é necessário acionar
mecanismos e fechaduras de segurança, mas cultivar virtudes como a paciência, a
atenção, a constância, a humildade, o serviço."
Essa missão
de abertura e encontro com o Senhor é encarada por Pedro "ao longo de toda
a sua vida, fielmente, até o martírio", recordou o Papa, "depois de
ter sido o primeiro a experimentar sobre si mesmo". Ele "teve que se
converter, e entender que a autoridade é um serviço, e não foi fácil para
ele", insistiu Francisco, explicando que "Pedro recebeu as chaves do
Reino não porque fosse perfeito, não: é um pecador; mas porque era humilde e
honesto" e, "confiando na misericórdia de Deus, foi capaz de apoiar e
fortalecer, como lhe foi pedido, também seus irmãos (cf. Lc 22:32)".
Como
encontrar Jesus
O Papa
finalizou a reflexão pedindo a intercessão de Maria e dos Santos Pedro e Paulo
para que, através das orações, nos guiem e apoiem para o encontro com Cristo.
Uma missão individual que pode partir de indagações pessoais, como sugeriu
Francisco:
“Eu cultivo o desejo de entrar,
com a graça de Deus, em seu Reino e de ser, com a sua ajuda, um guardião
acolhedor também para os outros? E, para fazê-lo, deixo-me 'limar', adoçar,
modelar por Jesus e seu Espírito, o Espírito que habita em nós, em cada um de
nós?”
Angelus 29 de junho 2024 – Papa Francisco:
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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