“Guardar e santificar o Domingo,
dia do Senhor, dia de descanso, de festa e de alegria comunitária e familiar”.
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Na Liturgia
deste IX Domingo do Tempo Comum, vemos, na primeira leitura, que o autor
bíblico do Deuteronômio focaliza o terceiro mandamento da lei do Senhor, que
fala do dia de sábado, como proibição de explorar o trabalho do irmão,
tornando-o escravo.
Todo homem
tem direito ao dia de descanso para se retomar suas forças e tomar consciência
da sua vida. Este mandamento leva as pessoas a reconhecer que dependem do
Criador e que o trabalho humano é relativo.
Nós,
cristãos, celebramos o domingo porque, neste dia, Jesus venceu a morte para a
nossa salvação.
Na segunda
leitura, o apóstolo Paulo acentua os grandes contrastes entre a missão e os
instrumentos escolhidos por Deus para realizá-la. Na fraqueza, na tribulação,
na perseguição e no martírio, o cristão anuncia o mistério da morte de Cristo
e, ao mesmo tempo, anuncia que a força de Deus e a vida de Cristo agem nele. A
cruz de Cristo manifesta seu mistério de loucura e sabedoria, não só como
recordação histórica, mas na vida do cristão.
No
Evangelho, São Marcos diz que, para os fariseus, os discípulos de Jesus
cometeram duas infrações: apropriaram-se do que não lhes pertencia e o fizeram
em dia de sábado.
Então,
Jesus recorre às Escrituras e a um maior esclarecimento do sentido do sábado,
mostrando que, diante da fome, tudo se torna secundário.
A vida
humana está acima de qualquer lei ou estrutura. Jesus reage com indignação e
tristeza diante dos que resistem ao seu ensinamento e à sua prática. Por isso,
mostra até onde vai a exigência de a lei do sábado estar a serviço da vida.
Por outro
lado, ao colocar o doente ao centro e curá-lo, Ele indica, mais uma vez, sua
opção pelos desprezados.
Hoje, nós
cristãos, celebramos o Dia do Senhor no domingo, o dia em que Cristo venceu
todas as forças do mal e ressuscitou. Por isso, os primeiros cristãos mudaram o
sagrado costume judaico de santificar o dia de sábado.
A
santificação do sétimo dia, para o povo judeu, prescrita no Antigo Testamento,
passou, por disposição dos Apóstolos, a ser praticada no primeiro dia da
semana, o domingo, dia santificado dos cristãos.
Ao longo de
vinte séculos de história, a Igreja Católica, juntamente com as outras igrejas
cristãs, sempre reconheceu o sentido sagrado deste dia, vendo nele a Páscoa da
semana, que torna presente a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
Domingo é
dia do Senhor, que nos quer todos reunidos para participar da Eucaristia, ouvir
sua Palavra e celebrar a ação de graças. É o dia em que as famílias e as
comunidades se encontram, para reforçar os laços de comunhão e amizade. É o dia
em que o ser humano se revigora em suas forças físicas e espirituais. É dia de
descanso, um direito que é expressão de justiça social, que possibilita a
convivência com a família e com a comunidade.
O domingo,
enfim, é o dia da vida, da festa, da alegria; não é apenas um feriado, mas um
dia santificado: “Guardar e santificar o dia do Senhor”.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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