Fomos feitos pela Vida e para a
Vida, para o AMOR, para a União Eterna.
Padre Cesar
Augusto, SJ – Vatican News
A liturgia
deste domingo nos leva a refletir e celebrar a unidade do Homem, imagem e
semelhança de Deus, a Trindade Una e Indivisa como festejamos no domingo
passado. Exatamente por isso o Homem só poderá ter como interlocutor o próprio
Deus, por conseqüência de sua própria criação, atualizada na Encarnação do
Verbo e na ressurreição de Jesus.
Em Gn
3,9-15, a primeira leitura da missa, temos o relato do diálogo entre Deus e os
primeiros pais, imediatamente após terem cometido o primeiro pecado. Deus os
busca, vai atrás deles e provoca a confissão do pecado. Deus não os abandona,
mas vai em seu socorro, mesmo estando eles em situação de pecado, sem o estado
original de graça, como dizemos hoje.
Por outro
lado, Deus maldiz a causa da tentação, a serpente, e pereniza a inimizade entre
o Mal com o Homem, que será o vencedor através da Redenção de Jesus Cristo,
Deus nascido de Mulher.
O Evangelho
do dia, Mc 3, 20-35, nos apresenta o Messias anunciado na primeira leitura. Ele
apresenta um homem excessivamente procurado pelas pessoas a ponto de não ter
tempo para se alimentar e ser tido como louco por seus próprios parentes. Os
doutores da Lei, ou seja a elite religiosa e intelectual, o tinham como
possuído pelo demônio.
Nisso
chegam sua mãe e seus primos, mas não conseguem entrar na casa onde ele está.
Aproveitando essa situação, o Senhor resolve dar uma dimensão transcendental à
sua relação consanguínea com Maria e os primos.
Ele diz que
laços mais fortes que o sangue os unem. Esses laços mais fortes são o empenho
em fazer a vontade de Deus.
O Messias
anunciado ultrapassou as uniões familiares, consanguíneas e estabeleceu a mais
forte e eterna que é ser, de fato, o Homem que faz a vontade do Pai, como ELE
fez, e não o HOMEM ADÂMICO, que fez sua própria vontade e, com isso, nos trouxe
a morte. JESUS CRISTO, o verdadeiro Homem, o Messias, o Redentor, nos trouxe a
vida eterna fazendo a vontade do Pai.
Concluindo
a nossa reflexão, comentemos a segunda leitura, extraída da 2Cor 4, 13-5,1.
Paulo nos fala de nossa futura ressurreição realizada pelo Pai. Escreve também
para nos animar, quando aflitos ao percebermos a caduquice de nosso corpo, sua
ruína externa através dos sinais de velhice, nos alegrarmos e nos
entusiasmarmos com o crescimento do homem interior. Por isso, tenhamos o olhar
voltado para aquilo que não passa, para as coisas invisíveis, as coisas do
alto. Uma morada eterna nos espera no céu.
Nossa
unidade, nossa integridade está ligada ao nosso relacionamento com a Vida e
Deus é a Vida. Com nossa subordinação às coisas materiais, estaremos fadados à
dissolução, já que seu deus é o diabo “diabolos”, aquele que separa.
Fomos
feitos pela Vida e para a Vida, para o AMOR, para a União Eterna.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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