O Evangelho de Marcos nos
recorda a verdade de que a semente cresce sozinha, no silêncio e no
escondimento e vira uma grande árvore. Também a Palavra de Deus semeada em
nossa vida cresce silenciosamente.
Padre Cesar
Augusto, SJ - Vatican News
Existe uma
imagem muito bonita que compara a Igreja a uma grande árvore, alta e copada. Em
seus galhos se aninham todo tipo de pássaro, pois nela se sentem seguros.
A liturgia
deste domingo explora essa imagem, começando por Ezequiel profetizando sobre um
cedro que terá seu broto mais alto transplantado para uma alta montanha e se
tornará uma árvore majestosa. No Evangelho, Marcos nos fala da mostarda como a
maior das hortaliças e originada pela menor das sementes.
A profecia
de Ezequiel quer amenizar a dor do povo, após uma gravíssima derrota em que o
rei foi deportado, dizendo que o Senhor suscitará um herdeiro no estrangeiro
que irá restaurar a monarquia em Israel com grandiosidade jamais vista.
Acontece que os anos passam e essa restauração não acontece logo. Na verdade,
nem Ezequiel tinha noção total do que profetizava. Ele falava de Jesus Cristo,
a restauração do homem total através de sua ressurreição. Evidentemente, falava
também de seu Corpo Místico, falava da Igreja!
O Evangelho
de Marcos nos recorda a verdade de que a semente cresce sozinha, no silêncio e
no escondimento e vira uma grande árvore. Também a Palavra de Deus semeada em
nossa vida cresce silenciosamente e só perceberemos isso com a transformação de
uma vida estéril ou mesmo mediana, em uma vida fecunda, plena de frutos que
atraem e saciam todos.
Na
Parábola, Jesus dá um recado: a semente do Reino cresce por si só. Não importa
o tamanho da semente, do que foi semeado, importa a qualidade da semente, se
ela aceita morrer e brotar como uma planta nova, proporcionando mais vida.
A Carta de
São Paulo aos Coríntios nos ajuda a concluir a reflexão deste domingo. Ele nos
fala de quando seremos transplantados para o céu, para morarmos juntos com o
Senhor. “Caminhamos na fé e não na visão clara”, lemos em 2Cor 5,7. Enquanto
não somos transplantados, deveremos trabalhar para que nossa vida seja bela e
propensa a se tornar maravilhosa quando formos morar na glória do Pai.
Naquele momento, poderemos dizer ao Senhor: “Você me deu a vida e, com a
Redenção de Seu Filho, com a Sua Graça, pude vivê-la bem, mesmo nos sofrimentos
e perseguições, e trazê-la alegremente como sinal de Sua Presença em meu
caminhar”.
Assim, uma
vida vivida na terra em união a Cristo só poderá ter um desfecho feliz ao ser
transplantada para a Vida plena no seio da Trindade.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário