Mártires (+304)
Julita vivia na cidade de
Icônio, na Licaônia, atualmente Turquia. Ela era uma senhora riquíssima, da
alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo após ter dado à luz um
menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro, mas também atendia pelo diminutivo
Ciríaco ou Quiríaco. Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador
Diocleciano começou a perseguir, prender e matar cristãos.
Julita, levando o filhinho Ciro
e algumas servidoras, fugiu para a Selêucia e, em seguida, para Tarso, mas ali
acabou presa. O governador local, um cruel romano chamado Alexandre, tirou-lhe
o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais para sua tortura.
Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na
frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo.
Como ela não obedeceu, os
castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do
governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: ‘Também sou cristão!
Também sou cristão!’ Foi tamanha a ira do governador que ele, com um pontapé,
empurrou Ciro violentamente, fazendo-o rolar pelos degraus do tribunal,
esmigalhando-lhe, assim, o crânio.
Conta-se que Julita ficou
imóvel, não reclamou, nem chorou, apenas rezou para que pudesse seguir seu
pequenino Ciro no martírio e encontrá-lo, o mais rápido possível, ao lado de
Deus. E foi o que aconteceu. Julita continuou sendo brutalmente espancada e depois
foi decapitada. Era o ano 304.
Os corpos foram recolhidos por uma de suas fiéis servidoras e sepultados num túmulo que foi mantido oculto até que as perseguições cessassem. Quando isso aconteceu, poucos anos depois, o bispo de Icônio, Teodoro, resolveu, com a ajuda de testemunhas da época e documentos legítimos, reconstruir fielmente a dramática história de Julita e Ciro. E foi assim, pleno de autenticidade, que este culto chegou aos nossos dias.
Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo, precedido apenas dos santos mártires inocentes, exterminados pelo rei Herodes em Belém. Por isso é considerado o santo padroeiro das crianças que sofrem de maus-tratos. A festa de santa Julita e de são Ciro é celebrada pela Igreja no dia 16 de junho, em todo o mundo católico.
Fonte: https://templariodemaria.com/
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