Nesta quinta-feira, o Dicastério para a Evangelização, Seção
para as questões fundamentais de evangelização no mundo, divulgou um comunicado
concernente à abertura das Portas Santas durante o Jubileu de 2025.
Vatican News
Dada a aproximação do início do Jubileu de 2025, levantou-se
recentemente a questão de poder prever a configuração e abertura da Porta Santa
nas Igrejas Catedrais, nos Santuários Internacionais e Nacionais, bem como
noutros locais de culto particularmente significativos.
A este respeito, mesmo na mais sensível consideração das
motivações de caráter pastoral e devocional que podem ter sugerido tal louvável
aspiração, considera-se, no entanto, necessário recordar as precisas indicações
estabelecidas pelo Santo Padre na Bula Spes
non confundit, de Proclamação do Jubileu 2025, que indica como
Porta Santa a da Basílica de São Pedro e das outras três Basílicas Papais,
nomeadamente São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo fora-dos-muros
(ver n° 6), exceção feita ao desejo expresso pelo Santo Padre de querer
pessoalmente abrir uma Porta Santa em uma prisão “para oferecer aos presos um
sinal concreto de proximidade” (ver n° 10).
É também sabido que um sinal peculiar e identificador do Ano
Jubilar, tal como foi passado desde o primeiro Jubileu do ano de 1300, é
a indulgência que «pretende exprimir a plenitude do perdão de
Deus que não conhece limites» (cf. n. 23), por meio do Sacramento da
Penitência e dos sinais de caridade e de esperança (ver números 7-15).
Portanto, para viver em plenitude este momento de graça,
exorta-se a fazer referência aos particulares lugares particulares e às
diversas modalidades indicadas pelo Decreto
da Penitenciária Apostólica de 13 de maio de 2024.
O que diz o n.6 da Bula de Proclamação do Jubileu
Ordinário do Ano 2025
O Ano Santo de 2025 está em continuidade com os
anteriores eventos de graça. No último Jubileu ordinário, atravessou-se o
limiar dos dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo. Em seguida, no dia 13
de março de 2015, proclamei um Jubileu extraordinário com o objetivo de
manifestar e permitir encontrar o «Rosto da misericórdia» de Deus, anúncio
central do Evangelho para toda a pessoa e em cada época. Agora chegou o momento
dum novo Jubileu, em que se abre novamente de par em par a Porta Santa para
oferecer a experiência viva do amor de Deus, que desperta no coração a
esperança segura da salvação em Cristo. Ao mesmo tempo, este Ano Santo
orientará o caminho rumo a outra data fundamental para todos os cristãos: de
facto, em 2033, celebrar-se-ão os dois mil anos da Redenção, realizada por meio
da paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus. Abre-se, assim, diante de nós
um percurso marcado por grandes etapas, nas quais a graça de Deus precede e
acompanha o povo que caminha zeloso na fé, diligente na caridade e perseverante
na esperança (cf. 1 Ts 1, 3).
Sustentado por tão longa tradição e certo de que este Ano
Jubilar poderá ser, para toda a Igreja, uma intensa experiência de graça e de
esperança, estabeleço que a Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano,
seja aberta a 24 de dezembro do corrente ano de 2024, iniciando-se assim o
Jubileu Ordinário. No domingo seguinte, 29 de dezembro de 2024, abrirei a Porta
Santa da minha catedral de São João de Latrão, que celebrará, no dia 9 de
novembro deste ano, 1700 anos da sua dedicação. Posteriormente, no dia 1 de
janeiro de 2025, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, será aberta a Porta
Santa da Basílica Papal de Santa Maria Maior. Por fim, no domingo 5 de janeiro
de 2025, será aberta a Porta Santa da Basílica Papal de São Paulo Fora dos
Muros. Estas últimas três Portas Santas serão fechadas no domingo 28 de
dezembro do mesmo ano.
Estabeleço ainda que, no domingo 29 de dezembro de 2024,
em todas as catedrais e concatedrais, os Bispos diocesanos celebrem a Santa
Missa como abertura solene do Ano Jubilar, segundo o Ritual que será preparado
para a ocasião. Quanto à celebração na igreja concatedral, o Bispo poderá ser
substituído por um Delegado, propositadamente designado. A peregrinação, desde
a igreja escolhida para a concentração até à catedral, seja o sinal do caminho
de esperança que, iluminado pela Palavra de Deus, une os crentes. Durante o
percurso, leiam-se algumas passagens deste Documento e anuncie-se ao povo a
Indulgência Jubilar, que poderá ser obtida segundo as prescrições contidas no
mesmo Ritual para a celebração do Jubileu nas Igrejas particulares. Durante o
Ano Santo, que terminará nas Igrejas particulares no domingo 28 de dezembro de
2025, zele-se para que o Povo de Deus possa acolher, com plena participação,
tanto o anúncio de esperança da graça de Deus, como os sinais que atestam a sua
eficácia.
O Jubileu Ordinário terminará com o encerramento da Porta
Santa da Basílica Papal de São Pedro, no Vaticano, na solenidade da Epifania do
Senhor, dia 6 de janeiro de 2026. Que a luz da esperança cristã chegue a cada
pessoa, como mensagem do amor de Deus dirigida a todos. E que a Igreja seja
testemunha fiel deste anúncio em todas as partes do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário