Dia dos Pais: Seis pais de família católicos que
alcançaram a santidade
Por Redação central*
11 de agosto de 2024
Na Igreja Católica, houve homens que, em diferentes épocas,
deram testemunho de uma verdadeira e santa paternidade. Por ocasião do Dia dos
Pais, apresentamos alguns pais de família que alcançaram a santidade:
1. São José
Deus encomendou a são José uma grande responsabilidade e
privilégio: ser o pai adotivo de Jesus Cristo e casto esposo da Virgem Maria.
São José era carpinteiro e descendente do rei Davi. Quando
foi a Belém com Maria para se registrar no censo, ela deu à luz Jesus em um
estábulo e, em seguida, tiveram que fugir para o Egito para evitar que o Menino
fosse assassinado por ordem do rei Herodes.
São José educou Cristo e lhe ensinou o ofício de
carpinteiro. É conhecido como “Padroeiro da Boa Morte”, porque, segundo a
tradição, morreu acompanhado e consolado por Jesus e Maria.
Em um discurso, o papa Francisco destacou que são José soube
descansar em Deus na oração, levantar-se com Jesus e Maria e ser uma voz
profética em meio ao mundo.
2. São Luís Martin
São Luís Martin foi esposo de santa Zélia Guérin e pai de
cinco filhas, entre as quais se destacam santa Teresa de Lisieux, doutora da
Igreja, e Leônia, cuja causa de beatificação foi aberta em 2015.
Quando era jovem, Luís quis ser religioso da Congregação
Hospitaleira do Grande São Bernardo, mas não foi admitido porque não sabia
latim. Aprendeu o ofício de relojoeiro e se estabeleceu em Alençon (França),
onde conheceu sua futura esposa.
Luís e Zélia se casaram em 12 de julho de 1858 e tiveram
nove filhos, dos quais cinco mulheres sobreviveram. O casal tinha uma intensa
vida espiritual e formou as meninas para que fossem boas católicas e cidadãs
respeitáveis.
Zélia morreu de câncer em 1877. Luís cuidou de suas filhas e
se mudaram para Lisieux. Com o passar dos anos, todas abraçaram a vida
religiosa. O santo padecia de uma doença que foi o consumindo até que perdeu
suas faculdades mentais. Morreu em 1894.
Em outubro de 2015, Luís e sua esposa Zélia foram o primeiro
casal a ser canonizados juntos. Sua festa é celebrada em 12 de julho, dia de
seu aniversário de casamento.
3. São Tomás More
São Tomás More nasceu em Londres em 1477 e, em 1505,
casou-se com Jane Colt, com que teve um filho e três filhas. Entretanto, sua
esposa morreu e ele contraiu um novo matrimônio com Alice Middleton.
São João Paulo II indicou que More foi “um marido e pai
afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e
intelectual dos filhos. A sua casa acolhia genros, noras e netos”.
Sua excelente carreira como advogado o levou ao parlamento
inglês e, anos mais tarde, chegou a ocupar postos importantes do governo,
depois que seu livro “Utopia” chamou a atenção do rei Henrique VIII.
Foi preso por se opor aos desejos do monarca de repudiar sua
esposa para se casar com outra mulher e separa-se da Igreja Católica para
formar a Igreja Anglicana.
Sua filha Margarida o visitava na prisão frequentemente e
rezavam juntos. Por se manter forme em suas convicções, foi declarado traidor e
decapitado em 6 de julho de 1535.
4. Santo Isidro Lavrador
Desde pequeno, Santo Isidro trabalhou lavrando, cultivando e
na colheita em campos na Espanha.
Casou-se com uma camponesa que também se tornou santa: Maria
da Cabeça. Ambos tiveram um filho que, segundo a tradição, caiu em um poço com
uma cesta. Rezaram com fervor e, então, as águas começaram a subir até que o
pequeno apareceu ileso.
Aos domingos à tarde, costumavam passear com sua família
pelos campos. Depois de ter criado seu filho, santo Isidro e santa Maria da
Cabeça decidiram se separar para ter uma vida entregue totalmente a Deus. Ele
ficou em Madri e ela partiu para uma ermida.
Santo Isidro passou o resto de sua vida lavrando os campos e
rezando. Morreu em 30 de novembro de 1172.
5. São Luís da França
Luís IX nasceu em 1214 e foi coroado rei dos franceses aos
doze anos, sob a regência de sua mãe, que costumava lhe dizer: “Filho, prefiro
te ver morto a ver-te em desgraça de Deus pelo pecado mortal”.
Em 1234, foi declarado maior de idade e assumiu suas funções
de monarca. Casou-se com a virtuosa Margarida de Provença, que lhe ajudaria a
alcançar a santidade. Ambos tiveram 11 filhos.
O rei se distinguiu por sua bondade, justiça, caridade e
piedade. Educou seus filhos assim como sua mãe fez com ele.
Participou das cruzadas para recuperar os lugares santos e
frear as invasões muçulmanas. Na segunda cruzada, ficou doente de disenteria
perto de Cartago (norte da África). Morreu em agosto de 1270.
Deixou um “testamento espiritual” ao filho que o sucederia,
o futuro Felipe III, no qual deu instruções para ser um governante sábio, justo
e santo.
6. Santo Estêvão da Hungria
Santo Estêvão foi rei da Hungria, esposo da beata Gisela da
Baviera e pai de santo Américo.
Teve um grande carinho pela Igreja e procurava ser um
exemplo de piedade para seus súditos. Costumava se disfarçar para sair à noite
para ajudar quem precisava.
Educou eu filho com esmero e lhe deixou escritos vários
conselhos sobre as virtudes que um monarca deve cultivar.
Juntos, defenderam o reino do ataque de Conrado II,
imperador do Sacro Império Romano Germânico. Entretanto, o jovem faleceu
durante uma caça. Ao receber a notícia, Estêvão exclamou: “O Senhor o deu a
mim, o Senhor o tirou de mim. Bendito seja Deus”.
O rei nomeou como sucessor seu sobrinho Pedro Orseolo. O
santo morreu em 15 de agosto de 1038, dia da solenidade da Assunção da Virgem
Maria, de quem foi grande devoto.
*A Agência Católica de Informação - ACI Digital, faz parte
das agências de notícias do Grupo ACI, um dos maiores geradores de conteúdo
noticioso católico em cinco idiomas e que, desde junho de 2014, pertence à
família EWTN Global Catholic Network, a maior rede de televisão católica do
mundo, fundada em 1981 por Madre Angélica em Irondale, Alabama (EUA), e que
atinge mais de 85 milhões de lares em 110 países e 16 territórios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário