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sábado, 31 de agosto de 2024

NAZARENO: “És tu o rei dos judeus?” (Barrabás, a flagelação) - (56)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 56 - “És tu o rei dos judeus?” (Barrabás, a flagelação)

A comitiva escoltada pelos guardas do templo acabou de sair do palácio do tetrarca para voltar ao pretório, para encontrar Pilatos. “Tu és o rei dos judeus?”. Jesus lhe respondeu: “Falas assim por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?”. Respondeu Pilatos: “Sou por acaso judeu? Teu povo e os chefes dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?”. Jesus respondeu: “Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas meu reino não é daqui”. Pilatos lhe disse: “Então tu és rei?”. Respondeu Jesus: “Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade.

Assim como Herodes, Pilatos também não encontra no Nazareno nenhuma razão para uma condenação à morte, então, recordando-se da tradição de libertar um prisioneiro durante esses dias festivos, acrescenta: “É costume entre vós que eu vos solte um preso, na Páscoa. Quereis que vos solte o rei dos Judeus? A pequena multidão que assistia a cena grita: “Esse não, mas Barrabás!”. Yeoshua Bar Abbas, "Barrabás", o zelota assassino, é um homem gigantesco, vestido com trapos, com barba espessa e longa. Ele havia suportado bem a prisão. Eles o preferiram a Jesus. Pilatos, então, tomou Jesus e o mandou flagelar.

Enquanto isso, Pedro, João, Maria, a mãe de Jesus, e Maria Madalena acompanham a cena à distância. Maria espera poder encontrar o olhar do filho. Tiram sua túnica e amarram seus pulsos em um bloco de mármore. São quatro os seus algozes. A cada golpe, o corpo de Jesus estremece e sacode. Começa a morrer sob aqueles golpes. Como se isso não fosse suficiente, os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em sua cabeça e jogaram sobre ele um manto de púrpura.

Eles o levaram de volta a Pilatos. O governador, vendo o estado em que ele se encontrava, repreendeu o centurião. Ele queria que o Nazareno fosse punido, não levado ao limiar da morte. Pilatos, de novo, saiu fora e lhes disse: “Vede: eu vo-lo trago aqui fora, para saberdes que não encontro nele motivo algum de condenação”. Jesus, então, saiu fora trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. E Pilatos lhes disse: “Eis o homem!”.

O Nazareno está de pé, descalço e cambaleante, com o manto real grudado em suas chagas que sangram. Ele não tem mais fôlego em sua garganta.

Ao vê-lo, os chefes dos sacerdotes e os guardas do templo imediatamente gritam: “Crucificai-o! Crucificai-o!”. Disse-lhes Pilatos: “Tomai-o vós e crucificai-o, porque eu não encontro culpa nele”. “Estou inocente desse sangue. A responsabilidade é vossa”, disse, e lava as mãos.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/08/30/12/138242455_F138242455.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF