Translate

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

NAZARENO: Gólgota (Elì, Elì, lemà sabactàni) - (57)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 57 - Gólgota (Elì, Elì, lemà sabactàni)

Agora os soldados colocam o "patibulum", o braço horizontal da cruz, sobre seus ombros. Dos três condenados, Jesus é o que mais se esforça para suportar a pesada trave, por causa da tortura que acabara de lhe ser infligida. Cada passo, cada solavanco, lhe causam dores lancinantes.

As ruas da cidade estão lotadas de gente. Jesus está exausto, desidratado. Várias vezes ele cai no chão, vencido pelo peso do patíbulo. Uma máscara de sangue e poeira cobre seu rosto. Requisitaram um certo Simão Cireneu, que passava por ali vindo do campo. Em uma esquina, quando estavam prestes a sair das muralhas da cidade antiga, uma pequena mulher se aproxima deles. Carrega em uma das mãos um grande copo de barro cheio de vinho aromático e, na outra, um pedaço de pano branco do tamanho de um véu. Jesus não quer beber, mas pega o véu e limpa o rosto, deixando o pano manchado de sangue com a marca de seu rosto.

Então chegam a lugar chamado Gólgota, que, traduzido, quer dizer o “Lugar da Caveira". No Gólgota, os robustos postes verticais das três cruzes, já estão fixados. Os soldados lhe tiram a túnica e o colocam no chão com os braços sobre o patíbulo. De uma sacola tiram pregos pesados e muito longos, juntamente com bastões de metal que serviam para martelá-los. Enquanto eles o puxam, Jesus repete: "Pai, perdoa-lhes, não sabem o que fazem". Depois de pregá-lo na cruz, eles içam Jesus no poste vertical da cruz. Depois dele são crucificados Dimas, à sua direita, e Gestas, à sua esquerda.

Os dois malfeitores crucificados ao lado do Nazareno são mais falantes. Um deles, Gestas, começa a insultar Jesus: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós”. Mas do outro lado, à direita de Jesus, Dimas, o outro ladrão, o repreendia: “Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres com teu reino”. E lhe responde: "Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”.

Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho!”. Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!”. E a partir dessa hora, João acolhe Maria consigo.

Às três horas da tarde, Jesus deu um grande grito: “Eli, Eli, lemà sabactàni?, isto é: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”. Alguns dos que tinham ficado ali, ouvindo-o disseram: “Está chamando Elias”. Depois, dando um grande grito, expirou. Seu coração se parte. Sua cabeça cai reclinada sobre seu lado esquerdo.

Enquanto isso, José de Arimatéia, ilustre membro do Conselho, pede a Pilatos o corpo de Jesus. O governador lhe concede. José pegou o corpo de Jesus. Chegou também Nicodemos trazendo cerca de cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Eles tomaram então o corpo de Jesus e o envolveram em panos de linho com aromas.

Havia um jardim, no lugar onde ele fora crucificado e, no jardim, um sepulcro novo no qual ninguém fora ainda colocado. É um túmulo nobre. Eles colocam o corpo sobre a laje de pedra.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/09/13/15/138258750_F138258750.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF