Ceroxylon
quindiuense
Publicado por Raul Canovas* em 28/09/23
palmeira de cera do quindío, canudo-de-pito-do-quindío
Esta palmeira é considerada a mais alta do mundo. Ela é
nativa no departamento de Quindío, no Vale do Cocora, na Colômbia, localizado a
uma altitude entre 1.800 e 3.100 metros, na Cordilheira dos Andes, onde os
ventos do Oceano Pacífico são fortes em um ambiente úmido e frio, com
temperaturas que nunca ultrapassam os 19º. Ela pode atingir até 60 metros de
altura. O recorde atual é de 62,8 metros, registrado em 2010.
Seu caule é formado por um único colmo. Ela tem um tronco
cilíndrico coberto com uma cera branca, que a protege dos ventos e dos raios
solares. As folhas são grandes e verdes, e podem atingir até 4 metros de
comprimento. A Ceroxylon quindiuense é uma espécie protegida
na Colômbia, onde é árvore nacional e símbolo do país. Ela é importante para o
ecossistema local, pois fornece alimento e abrigo para uma variedade de
pássaros, como o papagaio de crista amarela ( Ognorhynchus icterotis ),
o gaio verde ( Cyanocorax yncas) e o tucano-esmeralda ( Aulacorhynchus
prasinus) que consomem suas drupas, também atrai morcegos e macacos.
É uma espécie de crescimento lento e pode levar até 100 anos para atingir
a sua altura máxima.
A cera do tronco era usada para fazer sabonetes e velas,
principalmente no século XIX. A parte externa do caule da palmeira tem sido
usada localmente para a construção de casas e para construir sistemas de
abastecimento de água para agricultores de baixa renda. É cultivada como planta
ornamental na Colômbia e valorizada em jardins e parques de todo o mundo devido
à sua aparência única e tamanho impressionante.
Infelizmente está em perigo crítico de extinção devido à
exploração humana. A extração ilegal de cera de palmeira, que é usada em várias
aplicações, incluindo produtos de beleza, representa uma ameaça significativa
para essa espécie. Além disso, a perda de habitat devido ao desmatamento também
contribui para seu declínio.
Foi descrita pelo botânico alemão Gustav Karl Wilhelm
Hermann Karsten (1817 — 1908) e publicado no livro Bonplandia em
1860. Ceroxylon é o nome genérico composto pelas palavras
gregas: kèròs = “cera” e xγlon = “madeira”,
em referência à espessa cera branca encontrada nos troncos. Já quindiuense é
o epíteto geográfico em alusão à sua localização em Quindío.
É multiplicada por sementes que devem ser semeadas em um
local com boa drenagem e sol pleno. A germinação leva cerca de 60 dias.
- Sinônimos
estrangeiros: quindio wax palm, andean wax palm, wax
palm, wax palm tree, (em inglês); palma bendita , palma
blanca , palma de cera, palma de ramo, palma de cera de Los Andes, caucho,
caucho blanco, caucho-de-pito, palma de pito, (em espanhol); palmier
cierge, palmier à cire, (em francês); wachspalme, (em
alemão); palma da cera, (em italiano); kōzō-yashi,
(em japonês); làzhú zhònglí, (em chinês).
- Família: Arecaceae.
- Características: palmeira
de grande valor ornamental.
- Porte: até
60 metros de altura.
- Fenologia:
primavera/verão.
- Cor
da flor: bege, com frutos vermelhos comestíveis.
- Cor
da folhagem: verde-médio.
- Origem: Colômbia.
- Clima: temperado/subtropical.
- Luminosidade: pleno
sol.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista,
escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de
paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de
impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Fonte: www.jardimcor.com
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