Milhares de fiéis participaram da Tradicional Festa da
Padroeira Nossa Senhora Aparecida
Neste ano, cerca de 50 mil pessoas participaram da Celebração em honra a Nossa Senhora Aparecida, realizada no sábado (12/10), na Esplanada dos Ministérios, ao longo do dia.
14 de outubro de 2024
A Esplanada dos Ministérios foi tomada por uma multidão de
fiéis que, desde a parte da manhã, participaram da Santa Missa dedicada às
crianças, em uma bonita celebração presidida pelo Padre Rafael Souza, Reitor do
Santuário Nossa Senhora da Saúde. Após a Missa, os pequenos se divertiram muito
nos brinquedos infláveis, no touro mecânico e participaram do festival de
sorvetes e do sorteio de bicicletas.
No início da tarde, os fiéis rezaram o Santo Rosário, que
foi conduzido pelo Frei Flávio Freitas e pela Irmã Adriana Barra, sendo
encerrado com a Bênção do Santíssimo. Durante a oração do Santo Rosário, a
população contou com a presença de diversos sacerdotes que ficaram à disposição
para o atendimento de confissão.
Às 17 horas, teve início a procissão de entrada para a Santa Missa Solene, com
a presença de diversos seminaristas, diáconos, padres e Bispos que percorreram
o gramado central da Esplanada. A Celebração Eucarística foi presidida pelo
Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, e foi concelebrada pelo Cardeal Raymundo
Damasceno Assis, Arcebispo emérito de Aparecida, que reside e atua em Brasília,
pelo Arcebispo militar, Dom Marcony Vinícius, por Dom Ronaldo Ribeiro, Bispo
emérito de Formosa (GO), pelos Bispos auxiliares da Arquidiocese de Brasília,
Dom Antonio de Marcos, Dom Denilson Geraldo, SAC, e Dom Vicente Tavares, além
de vários sacerdotes da Arquidiocese.
Dom Paulo Cezar iniciou a homilia destacando a importância
da Celebração Eucarística em Honra à Padroeira do Brasil, de Brasília e da
Arquidiocese, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. No Evangelho, que relatou o
primeiro milagre de Jesus a pedido de Nossa Senhora, nas Bodas de Caná, o
Cardeal enfatizou a presença de Maria como a medianeira da graça, a poderosa
intercessora diante de Cristo.
“O Evangelho coloca diante de nós este casamento em Caná da
Galileia, onde Jesus é convidado. A mãe de Jesus também é convidada para
essa festa de casamento e o vinho vem a faltar. Imaginem, amados e amadas de
Deus, naquele tempo em que na festa de casamento o vinho viesse a faltar. O
vinho, de certa forma, dava o tom à festa, causa de alegria e transformação na
vida das pessoas. O vinho era a bebida comum na festa. É interessante
percebermos bem que, nessa festa de casamento, o evangelista não diz quem é o
noivo ou a noiva, fala apenas de uma festa de casamento. Se percebermos bem,
Jesus vai tomando o lugar central da festa, porque essa festa de casamento
significa uma festa maior. Ela significa a grande aliança de Deus com a
humanidade. Talvez, a ausência do vinho relembrasse a ausência de profetas, dos
enviados de Deus, de Deus que não estava mais falando ao seu povo. Talvez, a
falta de vinho relembrasse a secura que o Israel daquela época vivia, uma certa
ausência de Deus. A falta do povo perceber a presença de Deus, do falar de
Deus, do agir de Deus. ‘Eles não têm mais vinho’. É o que Maria diz para o
Filho. Maria é a mulher síntese que relembra todas as mulheres do Antigo
Testamento. Então, Jesus transforma a água em vinho. Agora, temos o vinho bom,
porque Ele é o Filho. Deus não fala mais através dos profetas, dos enviados,
mas Ele fala através do seu Filho”, explica o Cardeal.
O Arcebispo salientou ainda que essa festa de casamento em
Caná da Galileia se repete nos dias atuais, onde se o vinho faltar, Maria será
a medianeira da graça e fiel intercessora de seus filhos e filhas.
“Essa festa de Caná da Galileia se realiza hoje também aqui
na Esplanada dos Ministérios, porque nós temos Jesus no meio de nós. Estamos
celebrando Maria e essa festa relembra também a vida de cada uma de nossas
famílias. Na Igreja Doméstica se realiza essa festa de casamento, onde tem
Jesus. No lugar em que mulher, marido e filhos estão reunidos em nome dEle, Ele
está ali, a mãe está ali. Ela sempre vai olhar pelos seus filhos. E quando nos
faltar vinho, ela vai interceder pelas nossas necessidades”, frisou Dom Paulo.
Após a Celebração Eucarística, o povo de Deus seguiu em
caminhada na tradicional procissão com a imagem da Padroeira. No papamóvel,
usado pelo Papa São João Paulo II em 1991, em sua visita à Brasília, a Imagem
percorreu a Esplanada dos Ministérios. Durante a procissão, acompanhada pelo
clero e pelos fiéis que portavam velas, três bençãos foram dadas: uma aos
enfermos, uma aos governantes e aos poderes públicos e uma dirigida às
famílias. Durante o percurso, o terço foi meditado e os fiéis puderam rezar pedindo
a intercessão de Nossa Senhora por suas necessidades. Ao final, novamente no
altar montado no palco central, a última bênção e o envio para que todos os que
participaram da Festa possam realizar, em suas vidas, aquilo que fora
vivenciado e escutado neste momento sublime de manifestação da fé em Nosso
Senhor Jesus Cristo pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida.
Finalizando a noite, no palco montado ao lado da Catedral
Metropolitana de Brasília, os fiéis participaram dos shows “Elas cantam Maria“,
com as cantoras Michelle Abrantes, Gabriela Carvalho, Huanda Silva e Lilian
Ingrid e a pianista Marília de Alexandria; e com a cantora Adriana Arydes.
A Oração do Santo Rosário, a Celebração Eucarística e a Procissão das Velas
podem ser assistidas no vídeo abaixo:
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