Fernando
Cárdenas Lee, Foyer de Charite - publicado em 02/11/22 - atualizado
em 02/10/24
O anjo da guarda nos acompanha até o fim da nossa vida,
então parece que sua tarefa termina quando morremos, mas realmente o que
acontece com ele?
O Catecismo da Igreja Católica do nosso anjo da guarda diz:
Entre os anjos e os homens existe uma comunhão muito
estreita: desde o seu início até à morte, a vida humana está rodeada pela sua
guarda ( CEC 336 ).
Desta forma, a tarefa dos santos anjos é proteger os homens
e buscar a sua salvação, e quando falamos em salvação nos referimos ao corpo e
à alma.
Na morte há “a separação da alma e do corpo, o corpo do
homem cai na corrupção, enquanto a sua alma vai ao encontro de Deus, esperando
ser reunida ao seu corpo glorificado” ( CIC 997 ).
É neste momento que os anjos são invocados para que esta
separação seja sem dor ou perturbação.
Os anjos da guarda do corpo
Uma vez que ocorre a separação da alma e do corpo, os anjos
continuam a proteger o corpo do falecido.
Esta tutela que o anjo faz do local onde repousa o corpo sem
vida no túmulo é um indício da dignidade do corpo humano que não desaparece com
a morte. Não é um objeto ou coisa que possa ser manipulado ou reificado, mesmo
que já esteja falecido.
É um corpo de pessoa humana que é propriedade de Deus e que
é parte integrante da pessoa humana.
Para onde vai o anjo quando a alma segue seu destino?
Como o anjo é totalmente santo e já tomou sua livre decisão
por Deus, ele não pode acompanhar a alma nem ao purgatório nem ao inferno. Mas
o anjo da guarda pode continuar ajudando e intercedendo pela alma que está no
purgatório, e não mais por aquela que está no inferno.
A ajuda que prestam aos que estão no purgatório é muito
variada: convidam-nos e exortam-nos a rezar pelas almas do purgatório, tocam o
nosso coração pedindo-nos que rezemos por estes nossos irmãos que estão naquele
lugar de purificação.
Louvor e gratidão eternos
As almas que chegam à presença de Deus unem-se ao coro dos
anjos e dos santos para cantar o hino de louvor e ação de graças.
Por outro lado, os anjos da guarda não podem mais intervir
em favor daquelas almas que decidem rejeitar o amor e a misericórdia de Deus.
Eles louvam e adoram a justiça de Deus.
Para que junto com eles, possamos cantar um cântico de
adoração onde “toda lágrima será enxugada dos seus olhos, e não haverá mais
morte, nem choro, nem gritos, nem fadiga, porque o velho mundo já passou” (Ap.
21:4).
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