População católica diminui na Europa, mas aumenta em todos os outros lugares, dizem estatísticas da Santa Sé
Por Tyler Arnold*
18 de out de 2024
A população católica na Europa caiu em quase meio milhão de
pessoas em 2022, mas continuou a aumentar em todas as outras partes do mundo,
segundo dados divulgados pela Santa Sé esta semana.
Segundo números da Santa Sé, divulgados pela agência Fides,
serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, a população católica na
Europa era de pouco menos de 285,6 milhões de pessoas no final de 2022. Isso é
cerca de 474 mil católicos a menos do que o registrado em 2021.
O declínio da população católica coincide com uma redução
populacional total no continente, que registrou uma perda líquida de 517 mil
pessoas que vivem na Europa ao longo do ano.
Os católicos ainda compunham cerca de 39,5% da população da
Europa em 2022, o que é um declínio de 0,08%, segundo a Santa Sé. O declínio da
população católica na Europa tem sido um fenômeno consistente por vários anos.
Apesar da redução na Europa, a população católica global
ainda está em ascensão. No final de 2022, a população católica atingiu quase
1,39 bilhão de pessoas, graças a um aumento de mais de 13,7 milhões de
católicos.
Os dados mostraram que cerca de 17,7% da população mundial
era católica, o que representa um aumento de 0,03%.
A população católica na África ultrapassou 272,4 milhões de
pessoas em 2022 depois de um aumento de mais de 7,3 milhões de pessoas — o
maior aumento registrado em qualquer continente. Cerca de 19,7% da África era
católica em 2022, o que foi um aumento de 0,32% em relação ao ano anterior — o
maior aumento na representação católica como uma porcentagem da população.
As Américas do Norte e do Sul tinham mais de 666,2 milhões
de católicos registrados em 2022, depois de um aumento de mais de 5,9 milhões
de católicos. O número de católicos na Ásia ultrapassou 154, 24 milhões, o que
foi um aumento de cerca de 889 mil. Havia quase 11,11 milhões de católicos na
Oceania depois de um aumento de cerca de 123 mil.
Além da Europa, a Ásia foi a única região a registrar um
declínio no número de católicos como porcentagem da população total, com uma
redução de 0,02%.
A escassez de padres piora globalmente, o número de
freiras diminui, o de diáconos aumenta
O número total de padres no mundo caiu pelo quinto ano
consecutivo, mas algumas regiões registram um aumento.
No final de 2022, havia cerca de 407.730 padres na Igreja, o
que foi um declínio líquido de cerca de 142 padres. Globalmente, isso significa
que há um padre para cada 15.682 católicos.
A pior redução de padres foi na Europa, que caiu em 2.745.
Houve também uma diminuição de 164 padres nas Américas e uma perda de 69 padres
na Oceania.
No entanto, um aumento de 1.676 padres na África e 1.160
padres na Ásia ajudou a suavizar o impacto do declínio geral de padres.
O número de seminaristas maiores caiu em mais de 1,4 mil de
2021 para 2022. Isso inclui uma redução de 921 nas Américas, 859 na Europa e
375 na Ásia.
A África registrou 726 seminaristas a mais e a Oceania teve
um pequeno aumento de 12 seminaristas.
O número de seminaristas menores caiu em 553.
O número de religiosas caiu ligeiramente abaixo de 600 mil
em 2022, com um declínio total de 9.730. Isso foi liderado principalmente por
uma diminuição de mais de 7 mil na Europa e mais de 1.350 nas Américas.
Houve também um declínio de cerca de 225 religiosas na
Oceania. No entanto, o número de religiosas aumentou em mais de 1.350 na África
e em cerca de 74 na Ásia.
O número de diáconos permanentes aumentou globalmente em
974. Isso inclui um aumento de 267 na Europa, 15 na Ásia e um na África. O
número caiu em 308 nas Américas e em um na Oceania.
O número de diáconos diocesanos permanentes aumentou em 960,
com um aumento de 697 nas Américas, 255 na Europa e nove na Ásia, com um a
menos na Oceania. O número total de diáconos permanentes religiosos aumentou
globalmente de 14 para 615.
*Tyler Arnold é repórter do National Catholic Register.
Já trabalhou no site de notícias The Center Square e suas matérias foram
publicadas em vários veículos, incluindo The Associated Press, National Review,
The American Conservative e The Federalist.
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